Foi convidado para opinar em um processo seletivo? Saiba o que avaliar!

Situação exige maturidade por parte dos profissionais, que devem evitar enxergar o candidato como concorrente

Karla Santana Mamona

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SÃO PAULO – Em algumas empresas, o processo de seleção de novos profissionais inclui a opinião dos colaboradores sobre os candidatos. O objetivo desta ação é que o futuro integrante da equipe tenha características compatíveis com as dos colegas.

A diretora de Projetos do Great Place to Work, Roberta Vampre Hummel, explica que isso não significa que as empresas estão em busca de profissionais iguais, já que a valorização da diversidade é fundamental no cenário atual.

“Estes processos buscam assegurar que esta nova pessoa tenha os valores da empresa, além de características que irão agregar ao grupo, o que tornará o trabalho em equipe mais fácil”, afirma.

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Também é possível que o candidato conheça os futuros colegas, assim terá certeza de que ele se identifica com a empresa. “É uma via de mão dupla. Não é só a empresa que escolhe o profissional. Ele também escolhe a empresa”, declara.

Recebimento
A especialista acrescenta ainda que o recebimento deste profissional pelos colegas será mais intenso, já que teve a opinião deles no processo. “Isso fortalece o sentimento de camaradagem. Eles se sentem parte do processo”, diz.

Já o gerente de Projeto do Grupo Foco, Rudney Pereira Junior, afirma que, para a empresa incluir os funcionários no processo de seleção, é necessário que haja maturidade por parte da equipe que irá participar da escolha.

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“O gestor tem de ter certeza que a equipe é madura. Caso contrário, a pessoa pode enxergar o candidato como concorrente. Por causa disso, a empresa pode deixar de contratar um profissional muito bom”, alerta.

Como dar opinião
Antes de comunicar os colaboradores sobre a participação no processo seletivo, Pereira Junior aconselha que o líder esclareça que a decisão final será dele, mas que ele gostaria de ouvir a opinião da equipe.

No momento da entrevista com o candidato, o especialista indica que o profissional analise o outro como uma visão parecida com a do chefe. Vale também avaliar a parte técnica, comportamental e se aquela pessoa tem os mesmos valores que a empresa.

Para Roberta, o profissional pode dar sua opinião baseada em sua experiência profissional. Ambos os especialistas concordam que esta visão é subjetiva.

Caso o gestor escolha o candidato que não foi aprovado pelo profissional, é importante que a pessoa saiba separar os fatos. “É importante saber separar, caso contrário a relação de trabalho pode começar desgasta”, finaliza Pereira Junior.