Flexibilidade de horário aumenta a produtividade dos profissionais

Sem a rigidez do horário para controlar a jornada, as pessoas ficam mais motivadas, o que reflete na produtividade

Karla Santana Mamona

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SÃO PAULO – Ter flexibilidade de horário no trabalho é o desejo de muitos profissionais. A vantagem de trabalhar desta maneira não se limita somente aos colaboradores, mas se estende também aos empregadores. É o que afirma a ABRH-RS (Associação Brasileira de Recursos Humanos do Rio Grande do Sul).

De acordo com o vice-presidente de Operações e Finanças da entidade, Orian Kubaski, sem a rigidez do horário para controlar a jornada de trabalho, as pessoas ficam mais motivadas, o que reflete diretamente na produtividade.

Ele acrescenta que esta opção é utilizada pelos profissionais liberais e prestadores de serviços. Além disso, é mais adotada nas empresas multinacionais de tecnologia.

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Fiscalização
Apesar dos benefícios, Kubaski alerta que existem riscos de autuações da fiscalização do trabalho, pois alguns sindicatos são contrários a esta prática.

“Existe a ausência de bom senso de alguns colaboradores, que não respeitam as exigências legais como a de no máximo duas horas extraordinárias por dia ou intervalos interjornadas inferiores a 11 horas”, diz.

Cuidados
Ele aconselha que a medida deve ser bem avaliada pelos empregadores para não atrapalhar a execução das tarefas. É necessário analisar o tipo de atividade realizada na empresa.

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“Existem processos produtivos cuja concentração de pessoal em determinados horários é determinante para a produtividade e eficácia do fluxo de produção. Isto precisa ser avaliado”, ressalta Kubaski. Já as atividades que exigem pesquisa e criatividade independem do horário e local em que são executadas.

No caso do Brasil, o especialista afirma que algumas empresas têm receio em aderir ao horário flexível, mas isso pode ser explicado pela cultura, decorrente do conservadorismo.

“A cultura trabalhista do Brasil está ainda muito baseada nas leis trabalhistas da primeira metade do século XX e também pela natureza de alguns métodos de produção que não permitem a flexibilização em grande escala”, finaliza.