Fim do emprego: entenda o porquê da reação positiva diante dessa mudança

Para presidente do Grupo Cherto, Marcelo Cherto, o emprego está acabando, mas isso pode ser bom para as pessoas

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – “O emprego está acabando”, avisa o presidente do Grupo Cherto, Marcelo Cherto. Em um primeiro momento, a sentença parece um tanto negativa, ameaçadora e desesperadora.
Entretanto, para o consultor, ela está longe de ser assim.

Na verdade, o fim dos empregos pode mudar radicalmente a vida das pessoas (para melhor). Essa aproximação mais otimista do fato é sugerida por Cherto, para quem o empreendedorismo, em suas diversas facetas, é a solução do problema.

“Minha visão é de que a pessoa que sofre com a redução dos empregos possui inúmeras saídas: abrir um negócio próprio, começando do zero, comprar um empreendimento já consolidado, ir para o ramo de franquias, ou ser autônomo”, argumenta. “O famoso ´frila` é, nos Estados Unidos, conhecido como free agent. O termo se refere àquele que não possui vínculo societário ou trabalhista com a empresa e também não é um consultor.”

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O lado positivo

Para Cherto, essas opções alternativas ao emprego tradicional são boas. Primeiro porque, hoje, mesmo quem é contratado com carteira assinada não possui estabilidade. Não existe mais uma relação matrimonial entre funcionário e empresa. Mantém o emprego quem dá lucro.

Em segundo lugar, porque muitos profissionais, segundo ele, preferem atuar de maneira independente, sem precisar seguir ordens de um chefe. “Sei de casos de pessoas que jamais querem ser empregadas, que não conseguem agir sem independência, pois não têm esse perfil.”

Cherto defende que, com a mudança cada vez mais rápida nas relações de trabalho, o indivíduo pode, agora, se realizar, descobrindo e investindo em seu potencial e sua vocação.

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Como empreender

A palavra empreender não se restringe ao ato de abrir uma empresa. Ela é mais abrangente e diz respeito à aposta em quaisquer oportunidades que surgirem. Mas como descobrir oportunidades? “Elas estão aí, basta saber enxergar”, responde o presidente do Grupo Cherto.

Quando indagado se, para empreender, é necessário ter criatividade, ele diz que não e exemplifica: “Conheci uma mulher que lucrava arrumando armários. Ela já tinha a agenda lotada até o final do ano. Ela é criativa? Não, pois simplesmente enxergou uma necessidade das pessoas. Provavelmente, ao conversar com as amigas, ela notou o número de reclamações decorrente da falta de tempo para arrumar armários.”

Mais exemplos citados por Cherto foram o de um homem de negócios que atua como presidente temporário em empresas e outro que cobra para conversar e sair com as pessoas, fazendo papel de amigo. Isso mesmo, ele vendia sua amizade. E as pessoas o procuravam muito.

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Apesar de um pouco absurdas, pelo menos em um primeiro contato, esses exemplos mostram que basta estar antenado à sociedade e ao mundo em que vivemos para arranjar trabalho.