Fim de expediente: quem não participa do happy hour se prejudica?

De acordo com consultor, profissional pode ser visto de maneira negativa, mas há como reverter a situação!

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – Na sexta-feira à noite, para aliviar o estresse, o pessoal do escritório vai a um bar próximo da empresa para o famoso happy hour. Já virou uma rotina, bem aceita por várias pessoas da sua equipe. Mas, com diversos compromissos, sua resposta ao convite é sempre ‘não’. Fique atento à atitude, porque ela pode prejudicá-lo!

De acordo com o consultor de carreira do Grupo Catho, Renato Waberski, o que acontece é que o happy hour é o momento em que as pessoas se conhecem melhor, se abrem e, por isso, é importante a participação. “Não que ela irá impulsionar a carreira da pessoa, mas é positiva”, afirmou, dizendo que o profissional não é obrigado a beber. A bebida não é motivo para não aceitar o convite.

Dar desculpas consecutivas, por sua vez, pode ser negativo, mesmo que elas sejam verdadeiras. O motivo é simples: fica a idéia de que a pessoa não quer se misturar. Num caso mais extremo, o efeito disso, segundo Waberski, é que os colegas de trabalho começam a olhar “de lado”. “Muitas vezes acaba tendo exclusão”.

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Como reverter o quadro?

Para quem não pode participar do happy hour, nem tudo está perdido. É possível reverter a situação de estar se distanciando dos colegas de trabalho, enquanto os demais se aproximam por causa dos encontros.

“Muitas coisas acabam trazendo esta aproximação. Uma simples conversa de futebol, por exemplo. A pessoa vai viver no trabalho por muito tempo, então uma maneira de aproximar é saber o que a outra pessoa tem de similar”. Saia para almoçar com os demais, participe de reuniões e puxe conversa. “É importante socializar durante o período de trabalho”.

Hierarquia

Na posição de chefe, em muitos casos fica difícil participar destes encontros, mesmo por causa da demanda de trabalho. “Mas se a pessoa tem liberdade [com os membros da equipe subordinados], é uma atitude positiva”, afirma o consultor de carreira.

Quem está do outro lado, como subordinado, também acaba agindo de maneira diferente. A cobrança de participação de um colega em um happy hour é diferente da cobrança que se faz do chefe. “Com o chefe, não há liberdade de questionar porque ele não vai, de pedir uma explicação”.

Quando há uma pessoa com diferença de idade muito grande do restante do grupo também há essa diferenciação. “Até pelo fato de o profissional ter um gosto diferente”.

O outro extremo

Assim como quem nunca comparece ao encontro se prejudica, aquela pessoa que não perde nenhum happy hour também pode ser taxada de maneira negativa, principalmente se bebe demais e fala o que não deve. Inclusive, a principal dica de etiqueta do consultor para estes encontros é que o profissional não beba além da conta. “O importante é não exagerar em nada”, finaliza.