Fim da guerra dos sexos no mercado: especialista diz que homens se acostumaram

"As empresas precisam de lucro e tanto faz se o executivo é homem ou mulher", garante Nelson Moschetti

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Há algumas décadas, as mulheres eram contratadas para serem secretárias, professoras e assistentes. Mas dados da RAIS (Relação Anual de Informações Sociais) mostram que o ingresso das mulheres no mercado formal é maior do que o dos homens. A participação delas cresceu 6,59% em 2006 e a dos homens, 5,21%.

Além disso, elas predominam entre os trabalhadores com nível superior completo, o que pode significar mais predisposição da mulher para se capacitar. Nesta faixa de escolaridade, elas ocuparam mais 164,9 mil postos em 2006, enquanto os homens preencheram apenas 73,4 mil.

“Antes, as mulheres tinham pouco espaço e ocupavam cargos que eram tipicamente femininos. Excepcionalmente encontrava-se uma mulher em um cargo executivo. Com o passar dos anos, foi aumentando o número de engenheiras, advogadas e administradoras de empresas. Mas, como a cultura machista predominou durante um bom tempo ainda, havia homens que se sentiam mal por ter uma mulher como chefe”, revela o consultor de recursos humanos da RCS Brasil, Nelson Moschetti.

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Eles se acostumaram com elas

A teoria de Moschetti é que os homens se acostumaram com a presença das mulheres no ambiente corporativo. E as diferenças salariais, que eram altíssimas antigamente, estão diminuindo aos poucos. “Hoje as empresas precisam de rentabilidade para se manter no mercado e enfrentar a concorrência. Por isso, tanto faz se o executivo é um homem ou uma mulher. O que importa é o lucro”, revela.

A gerente de novos negócios da RCI no Brasil, Maria Carolina Pinheiro, concorda. “As organizações estão menos preocupadas com o sexo e mais com o lucro”, diz. E o consultor acrescenta: “O mundo mudou e os homens aceitaram a mudança. Não há como lutar contra isso.”

Ele lembra que a citada mudança está influenciando até mesmo o ambiente político. Isto é, quem preside a Argentina atualmente é uma mulher: Cristina Kirchner. No Chile, quem está no comando é Michelle Bachelet. Nos Estados Unidos, há a chance de, nas próximas eleições presidenciais, Hillary Clinton ser eleita. “Devemos lembrar ainda que a mulher mais poderosa do mundo hoje é a secretária de Estado dos Estados Unidos, Condoleezza Rice.”

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Para Maria Carolina, as mulheres levam vantagem em relação aos homens: “A mulher consegue fazer várias coisas ao mesmo tempo. Ela consegue fazer a unha, cuidar dos filhos, de casa e ser bem-sucedida.”