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SÃO PAULO – O Federal Reserve anunciou na tarde desta quinta-feira (22) uma proposta, a ser aprovada, para nova regulamentação de incentivos e bônus oferecidos pelas instituições financeiras a seus empregados, a fim de controlar mais de perto eventuais estímulos dos bancos a posições expostas a maiores riscos no mercado.
O tema vem sendo constantemente debatido em meio aos desdobramentos da crise internacional. A política de foco em resultados adotada pelos bancos muitas vezes acaba por estimular a exposição excessiva ao risco, fator caracterizado por muitos como um dos catalisadores da crise.
A ideia do Fed não é restringir a remuneração de executivos e funcionários, mas aumentar as ferramentas de supervisão dos incentivos praticados. “As práticas de compensação de algumas organizações bancárias levaram a incentivos desalinhados e exposição excessiva ao risco, contribuindo para perdas contábeis e instabilidade financeira”, declarou Ben Bernanke, presidente do Banco Central norte-americano.
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Paralelamente, o secretário do Tesouro dos EUA, Timothy Geithner, comentou que “todos têm o interesse de ver estas companhias retornarem os dólares emprestados pelos contribuintes o mais rápido possível, e com a medida Ken ajudou a tornar este dia um pouco mais próximo”, se referindo a Kenneth Feinberg, procurador designado pelas autoridades para cuidar da questão das compensações do setor financeiro.
Grandes X médios e pequenos
A proposta do Fed separa as instituições de acordo com a importância e potencial ameaça de risco sistêmico. Uma lista com as 28 principais instituições foi elaborada como de caráter especial, que irá revisar as práticas no mercado e políticas de compensação adotadas por cada uma delas separadamente. A lista ainda é mantida em sigilo pelo Federal Reserve.
Os bancos regionais e organizações de menor porte entram em uma segunda classificação, que irá avaliar o tamanho, complexidade e “outras características” destas instituições, segundo o comunicado oficial do Fed.
