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SÃO PAULO – O novo salário mínimo, que a partir de abril passará de R$ 300 para R$ 350, deverá injetar R$ 1,25 bilhão na economia brasileira, informou a Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio SP).
O resultado é ínfimo, segundo a entidade. Considerando todos estes recursos canalizados para o consumo, o impacto seria de menos de 3% sobre o valor total mensal que é de R$ 45 bilhões.
Os gastos viriam, principalmente, dos cerca de 15 milhões de pensionistas e aposentados com remuneração vinculada ao mínimo, além de outros 10 milhões que se encontram nesta faixa de rendimento.
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Reajuste necessário
O presidente da Fecomercio, Abram Szajman, complementa ainda lembrando que “sem recursos para arcar com estas despesas, o governo não consegue dar o reajuste necessário para elevar o poder de compra do salário mínimo e torná-lo mais justo”.
Como a maioria dos endividados se refere à população de baixa renda, os economistas da Fecomercio acreditam mais no uso do dinheiro “extra” para o pagamento de dívidas em atraso.
Impacto
Sobre o impacto do reajuste nas contas públicas, a Federação comenta que o rombo nos cofres da Previdência deve chegar a R$ 750 milhões com o pagamento de quase 15 milhões de segurados com benefícios vinculados ao salário mínimo. Em um ano, portanto, o impacto pode chegar a R$ 10 bilhões, o equivalente a 50% de todo investimento público federal de 2005.