Faturamento das pequenas empresas de SP caiu 4,3% em um ano, revela Sebrae

De agosto para setembro a queda foi menor, apenas 0,2%; emprego e renda tiveram desempenho positivo

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – As micro e pequenas indústrias paulistas não tiveram um bom desempenho no mês de setembro, de acordo com dados da Pesquisa de Conjuntura realizada pelo Sebrae-SP (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), levantamento mensal feito em conjunto com a Fundação Seade. A pesquisa reúne uma amostra de 2,7 mil empresas do universo dos pequenos negócios do Estado de São Paulo.

Na comparação com setembro de 2004, o faturamento das MPEs registrou uma pequena variação para baixo de 0,2%. Já no confronto mensal, houve um recuo ainda maior, de 4,3% na comparação a agosto.

Serviços foi o único a apresentar melhora

A sondagem revela que o faturamento real da pequena indústria caiu pelo quinto mês seguido. Em relação ao mesmo período do ano passado, o recuo é de 1%.

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Entre as micro e pequenas empresas do comércio, o faturamento revela variação negativa de 2%, a primeira queda desde junho do ano passado. O Sebrae acredita que o recuo se deva a uma adequação ao crescimento de 7% do setor no mês passado e aos bons indicadores já apresentados nos meses anteriores.

Na direção inversa, o setor de serviços foi o único a crescer no período analisado: 4% de alta em comparação ao nono mês do ano passado. Essa melhora, revela o estudo, teria beneficiado a renda e a ocupação no setor.

Emprego em alta

Apesar dos sinais negativos de setembro, o nível de emprego da categoria cresceu 4,5% em 12 meses; um saldo de 253 mil vagas no período. Para a pesquisa, o bom desempenho do mercado interno responde pela alta. Mas na comparação com agosto, houve diminuição de 17 mil vagas, ou -0,3%.

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Para chegar a este número, o Sebrae utilizou outro levantamento. “Os dados, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram uma melhora tanto no número de ocupados na economia quanto no rendimento dos trabalhadores”, informa o economista do Sebrae no Estado, Pedro João Gonçalves. A pesquisa mediu os indicadores de 1,3 milhão de empresas formais de São Paulo que empregam, em média, de cinco a seis trabalhadores.

Os números também são ascendentes quanto aos gastos com salários. Eles subiram 8,8% em setembro deste ano em comparação com o mesmo mês de 2004, o que reflete uma recuperação na renda dos trabalhadores.

Regiões

No nono mês do ano, o melhor desempenho em faturamento no Estado ficou com a capital paulista (5,1%), seguida pelo interior (2,5%). Na contramão, o Grande ABC e a Região Metropolitana apresentaram retração em relação ao mesmo período do ano passado: 9,6% e 2,3%, respectivamente.

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“O município de São Paulo concentra um grande contingente de empresas do segmento de serviços, que teve o melhor desempenho no período”, lembra Gonçalves. No terceiro trimestre, o crescimento real do município foi de 4,7% em comparação aos mesmos três meses do ano passado. No período, o comércio cresceu 2,3%, mas a indústria despencou 2,8%.

O superintendente do Sebrae em São Paulo, José Luiz Ricca, acredita que os juros elevados tenham desacelerado o crescimento do setor. Para ele, “as pequenas empresas devem fechar o ano de 2005 apenas com um pequeno ganho real sobre os resultados de 2004”.