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SÃO PAULO – Diferente do que acontecia há duas décadas, talvez menos, as famílias brasileiras adquiriram o costume de se alimentar fora de suas casas com maior freqüência, seja em restaurantes ou lanchonetes, com toda a família reunida ou cada membro por si.
Segundo os dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares relativa aos anos de 2002 e 2003, divulgada nessa quarta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em média as famílias brasileiras gastam 25,05% de suas despesas com alimentação fora de casa.
Variação por renda e região
Segundo a pesquisa, gastos com alimentação fora de casa variam com a faixa de renda, como esperado. Enquanto que para famílias com renda média mensal de até R$ 400, o gasto médio com refeições fora de casa é de R$ 17,55 por mês, entre as família com renda média mensal de R$ 4.000, os gastos mensais sobem para R$ 148,59, respectivamente 4,38% e 3,71% da renda.
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A variação também se dá em função da região onde vivem as famílias, sendo o gasto médio com alimentação fora de casa mais altos na região Sudeste, como esperado, que chega a 26,91% da renda. A região com menor gasto é a região Norte, que chega a 19,10%.
Dados refletem nova realidade
Os resultados dessa pesquisa quanto aos gastos das famílias com alimentação fora de casa mostram uma mudança de realidade, antes de uma realidade de trabalho e advinda da urbanização do que uma mudança da realidade da nível de renda dessas famílias.
O maior número de pessoas da família que trabalham ou estudam longe de sua casa levam, conseqüentemente, a diminuição das refeições feita no lar. De um lado esse fato significa um impacto maior tanto na renda das famílias quanto na qualidade e quantidade da alimentação. De outro lado significa um maior número de estabelecimentos alimentícios e, portanto, novas oportunidades de emprego.