Faltam coordenadores de viagens de incentivo no mercado

Profissionais são procurados por agências de turismo para assegurar o sucesso de viagens promocionais

Eliane Quinalia

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SÃO PAULO – Com o aumento das viagens de incentivo por grandes corporações para premiar, valorizar, integrar e fidelizar clientes e colaboradores, cresce também a demanda por pessoas capacitadas para conduzir tais grupos.

Por esta razão, cada vez mais agências têm procurado profissionais aptos a exercer a função de coordenadores de viagens de incentivo – o cargo exige formação em turismo, vivência no Exterior, fluência em idiomas, além de qualificações específicas que vão da prática na condução de grupos à liderança de equipes de trabalho.

Para o diretor da Immaginare, Edgar Werblowsky, grande parte do sucesso de uma viagem de marketing promocional depende de tais coordenadores. “Eles precisam ser carismáticos e devem apresentar uma boa formação cultural para guiar os empresários durante as ações corporativas”, afirma.

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A opinião é compartilhada também pela diretora do Comitê das Operadoras de Viagens de Incentivo (COVIA), Cris Cintrão, que afirma que é tarefa deste profissional manter-se atento aos imprevistos e solucioná-los com maestria.

Em busca de especialização
Em falta não apenas pelo aumento do número de viagens de incentivo, estes profissionais também carecem de cursos específicos de formação, podendo contar com algumas poucas opções no mercado – estas, geralmente oferecidas por agências de turismo interessadas em suprir as necessidades do setor.

“Na prática não existe uma formação específica para a capacitação de coordenadores. O treinamento costuma ser realizado on-the-job pelas próprias operadoras de tais viagens.”

O investimento para participar dos cursos oferecidos pelo mercado é de aproximadamente R$ 1.000, mas o retorno promete mais, atingindo uma remuneração de até US$ 250 por dia.

“Por se tratarem de prestadores de serviços, os coordenadores de incentivo têm liberdade para criar sua própria agenda de trabalho e viagens”, explica Werblowsky.

Brasil: um País de oportunidades
Com a aproximação da Copa do Mundo, em 2014, e dos Jogos Olímpicos, em 2016, a expectativa do setor é que tal função seja ainda mais requisitada entre as agências de turismo nacionais, que certamente ampliarão o número de contratações.

”No mercado existe uma demanda imediata para algumas dezenas de coordenadores, mas o Brasil possui espaço para empregar o dobro destes profissionais – número que certamente passará de dezenas para centenas, se pensarmos no período da Copa e da Olimpíada“, conclui Werblowsky.