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SÃO PAULO – As empresas reclamam da falta de profissionais talentosos no mercado de trabalho. Quem acredita que esse problema não pode ser solucionado está enganado. É o que afirma o country manager da SABA no Brasil, Delano de Valença Lins Filho.
O executivo declara que, se as empresas fizessem uma análise mais precisa das competências, habilidades e talentos de sua equipe, descobririam em seus próprios quadros boa parte dos profissionais de que necessitam.
Além disso, uma das vantagens é que esses profissionais já conhecem a cultura da organização e não precisam ser conquistados de empresas parceiras ou concorrentes.
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“A maioria das empresas brasileiras adota sistemas fragmentados para a gestão de pessoas, sendo que muitos desses sistemas estão em empresas terceirizadas, como as que fazem o recrutamento e a seleção. Com toda esta fragmentação, é comum que essas companhias desconheçam a essência de seus colaboradores, perdendo preciosas oportunidades de recrutamento interno, algo muito mais barato e com mais chances de sucesso”, explica.
Formação de pessoas
Lins Filho acrescenta que o “apagão de talentos” poderia ser solucionado se as empresas investissem na formação de seus profissionais.
Ele acredita que, se os empregadores desenvolvessem as pessoas de maneira integrada, a partir de uma única base de informação, elas se surpreenderiam positivamente ao descobrir que o profissional, que atuava em determinada área, tem todo o potencial, competências e habilidades para preencher novas posições, com muito sucesso.
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“ No entanto, isso fica difícil de visualizar quando a empresa administra o RH [Recursos Humanos] exclusivamente a partir do viés financeiro”, adverte.
Internet para treinamento
O especialista acredita ainda que as empresas podem utilizar a internet para treinamento de sua equipe. Segundo dados do Cetic (Centro de Estudos de Tecnologia de Informação e Comunicação do Brasil), entre as empresas que acessam a internet em suas atividades diárias, quase um terço usa a rede para processos de formação e qualificação de profissionais. Esse número ultrapassa os 55% entre as empresas com mais de 250 funcionários.
“De modo geral, as empresas já perceberam a importância do uso de tecnologias colaborativas, via web, para o desenvolvimento de seu quadro de pessoal. No entanto, investir em tecnologias fragmentadas, sem conectividade, que impeçam o aproveitamento da informação, vai resultar na incapacidade de compreender o potencial da equipe como um todo”, finaliza.