Falta de profissionais esfria otimismo de empresários de Petróleo e Gás

Carga tributária e incerteza com relação à economia global também podem impedir que expansão de negócios no segmento de óleo e gás se concretize

Eliane Quinalia

Plataforma de Petróleo

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SÃO PAULO – A escassez de talentos, a carga tributária e a incerteza com relação à economia global devem continuar a assombrar os empresários do segmento de óleo e gás pelos próximos meses.

Segundo uma recente pesquisa da Robert Half, apesar do otimismo de boa parte do setor – 77,8% das empresas -, muito ainda precisa ser feito por quem deseja contornar os atuais entraves do mercado.

“A falta de profissionais experientes já é atualmente o principal desafio com relação às pessoas da equipe para um em cada três entrevistados. Já os salários inflacionados e a alta rotatividade profissional aparecem como segundo motivo”, informa a pesquisa.

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Estratégia de mercado
Hoje, a principal estratégia usada para compensar a oferta insuficiente de profissionais é a busca de candidatos na concorrência, conforme a avaliação de 37,5% dos participantes. Outras alternativas como o investimento em programas de formação de talentos e a contratação de estrangeiros também se destacam, representando 20,8% e 12,5% das menções dos entrevistados.

“Ainda existe pouca oxigenação no setor. Por isso, investir na formação de talentos e na busca de profissionais de outros setores pode ser uma boa alternativa no longo prazo”, avalia o gerente da divisão de Engenharia Petróleo e Gás da Robert Half, Fabio Porto d’Ave.

Para ele, as companhias que excluírem esse tipo de investimento terão dificuldade de compor seu quadro de funcionários no futuro.

Os mais difíceis
O levantamento revelou ainda o perfil profissional mais difícil de se encontrar. De acordo a pesquisa, 36% dos consultados afirmaram que possuem dificuldades na busca de profissionais já experientes. Já 24% deles, relataram problemas para encontrar colaboradores com inglês fluente ou que saibam trabalhar em equipe (16%).

Considerando as áreas mais demandadas, a de operações aparece em primeiro lugar, com 36% das menções e é seguida pela de projetos e vendas, com 16%.