Publicidade
SÃO PAULO – Vestibular. Sinônimo de muito estudo, muita dedicação e o sonho de passar na tão sonhada faculdade pública. Mas o que compensa mais? Dedicar anos em cursinhos para conseguir uma vaga nas redes estadual ou federal ou aproveitar esse tempo em uma faculdade privada?
Segundo uma das professoras do Observatório Universitário, Violeta Monteiro, não é possível generalizar. “Essa é uma questão complexa, porque além de tudo é necessário avaliar as condições financeiras de cada um”, explicou. “Além disso, da mesma forma que conheço excelentes universidades particulares, sei de algumas públicas que não são tão maravilhosas”, concluiu.
Pensando nisso, a InfoMoney fez um levantamento de mensalidades de cursos preparatórios para o vestibular e das carreiras mais disputadas na Fuvest do ano passado. Direito e Medicina foram incluídas por serem tradicionais, mas obtiveram menos procura do que as dispostas a seguir.
Masterclass
O Poder da Renda Fixa Turbo
Aprenda na prática como aumentar o seu patrimônio com rentabilidade, simplicidade e segurança (e ainda ganhe 02 presentes do InfoMoney)
Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.
Cursinho
Antes de mais nada, vale lembrar que os valores estão sujeitos a alteração. A rede Anglo tem cursos pré-vestibulares que variam de 159,60 (o intensivo noturno), a R$ 406,60 (extensivo, focado em biológicas e exatas).
Uma de suas alunas é Samantha Costa e Silva. Este é o segundo ano que ela presta vestibular. A faculdade? A mais concorrida da Fuvest no ano passado, com quase 50 alunos por vaga: Audiovisual.
“Acredito que o principal problema seja a pressão”, contou a estudante, que lamenta o fato do curso não ser tão difundido em outras universidades. “Ele engloba rádio, cinema e TV, e é por causa da tecnologia. Muita gente do Brasil tenta uma vaga na Fuvest, como eu, que sou de Curitiba”, contou.
Continua depois da publicidade
Na opinião de Samantha, dependendo da mensalidade é melhor prestar em uma rede privada. “Esta é a última vez que eu vou tentar Audiovisual na USP. Já até me inscrevi em outras faculdades, também públicas, para outros cursos ligados a esse”, finalizou.
Mensalidade
A mensalidade do curso também deve ser levada em consideração. Muitas vezes, o preço do cursinho equivale a ela. O de Direito, por exemplo, custa, em média, R$ 812,84, mas varia de R$ 675,85 na Universidade Metodista de São Paulo a R$ 1.085,11 na Pontifícia Universidade Católica (PUC), segundo levantamento.
Tendo em vista que alguns cursinhos chegam a custar até R$ 700, a troca – se a qualidade do curso for comprovada – pode compensar.
Continua depois da publicidade
Cursos pesquisados e média de preço*:
- Jornalismo: R$ 881
- Artes Cênicas: R$ 1.065,66
- Audiovisual: não tem
- Direito: R$ 812,84
- Fisioterapia: R$ 784,96
- Medicina: R$ 2.354,20
* faculdades pesquisadas: Metodista, PUC, Faap, Mackenzie e Medicina ABC. Valores sujeitos a alteração.
No ano passado, os cursos mais concorridos na Fuvest foram: Audiovisual (49), Jornalismo (45), Artes Cênicas (36) e Fisioterapia (36). Medicina (31) e Direito (22) ficaram um pouco atrás.
Cursinhos**
- Extensivo
- Manhã: R$ 398,20
- Tarde: R$ 269,05
- Noite: R$ 225,30
- Intensivo
- Manhã: R$ 527,08
- Tarde: R$ 396,53
- Noite: R$ 323,32
**Etapa e Anglo.
Publicidade
Medicina
O maior problema enfrentado pelos vestibulandos de medicina não é similar ao daqueles que procuram uma vaga em Audiovisual. Existem faculdades privadas que oferecem o curso, porém, o preço cobrado não é acessível à grande parte dos estudantes.
“Não tem como alguém de classe média pagar R$ 2 mil por mês numa faculdade. E quem tem dinheiro mesmo vai fazer o curso no exterior e já fica por lá”, explicou o estudante de medicina da USP, Thiago Marques Mendes.
Atualmente no 3º ano, Mendes, que fez cursinho durante dois anos para conseguir uma vaga, diz que o vestibulando deve estudar com muita vontade e, no caso de entrar em uma rede privada, atentar para o custo-benefício.
Continua depois da publicidade
“É melhor optar por uma que tem qualidade e tradição do que acabar em uma de qualidade duvidosa”, afirmou.