Estudo mostra relação entre nível de escolaridade, emprego e remuneração

Taxa de desemprego mais alarmante é a de indivíduos com ensino médio incompleto de Salvador: 36,5% em 2006

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Lançado na quarta-feira (13), o “Anuário 2007: Qualificação Social e Profissional”, elaborado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) em parceria com o MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), prova o que provavelmente todos já sabem: o nível de escolaridade está relacionado ao emprego do indivíduo.

Entretanto, há casos em que essa ligação não é clara: por exemplo, a taxa de desemprego mais alarmante é a de indivíduos com ensino médio incompleto de Salvador (36,5% em 2006), ao passo que entre indivíduos com ensino fundamental incompleto da mesma região metropolitana essa taxa é menor, de 25,6%. Neste caso, aumentou a escolaridade e, também, o desemprego.

Da mesma maneira, em São Paulo, a taxa de desemprego das pessoas com ensino médio incompleto é de 30,4%, enquanto daquelas com ensino fundamental incompleto é de 15,6%. E mais: o nível de desemprego é maior entre pessoas com ensino fundamental completo (19,4%, em 2006) do que entre os indivíduos que não chegaram a terminar o ensino fundamental.

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Remuneração

A relação entre anos de estudo e emprego fica um pouco mais clara quando o assunto é remuneração, mas nem sempre há lógica nos dados. A maior parte das pessoas com 15 anos ou mais de estudo ganha entre cinco e dez salários mínimos (28,7%). Outros 18,8% recebem entre três e cinco salários e 15,6%, mais de dez a 20 salários mínimos.

Já a maioria dos trabalhadores que tem entre 11 e 14 anos de estudo ganha entre um e dois salários mínimos (36,3%). Por outro lado, 16,2% deles têm remuneração entre 0,5 e um salário mínimo.

A remuneração mais baixa do estudo, de até 0,5 salário mínimo, faz parte da realidade de 23,6% das pessoas sem instrução ou com menos de um ano de instrução, embora a maior parte delas (29,5%) ganha entre 0,5 e um salário.

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A maioria (27,1%) daqueles com um a três anos de estudo ganha entre mais de 0,5 salário mínimo e um. Já a maior parte dos indivíduos que estudaram entre quatro e sete anos (30,9%) ganha mais de um a dois salários. Por fim, 35,5% daqueles que têm entre oito e dez anos de estudo recebem mais de um a dois salários.