Estudo aponta que motoristas homens da Uber ganham mais que mulheres com o app

Foram analisados dados de mais de 1,8 milhões de motoristas da Uber, dos quais 27% são mulheres, de janeiro de 2015 a março de 2017 para compor o estudo.  

Júlia Miozzo

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SÃO PAULO – Um estudo realizado pela Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, em parceria com a equipe da Uber, identificou que os motoristas homens que são parceiros da Uber ganham, em média, 7% a mais que as motoristas mulheres. Por hora, elas tendem a ganhar US$ 1,24 a menos que os homens.

Foram analisados dados de mais de 1,8 milhões de motoristas da Uber, dos quais 27% são mulheres, de janeiro de 2015 a março de 2017 para compor o estudo.

Os resultados vão na contramão da política que a empresa diz adotar: os algoritmos do aplicativo, responsáveis por calcular o quanto um motorista deve ganhar por corrida, sempre foram apresentados como “cegos” a fatores como raça e gênero. Eles não chegam a considerar, entretanto, diferenças no comportamento dos motoristas, que podem variar entre homens e mulheres.

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A Uber atribui três fatores como os responsáveis pelo “gap” de salários: experiência, velocidade e preferências de destino. Segundo a empresa, motoristas homens estão mais dispostos a dirigir em áreas onde a corrida tende a ficar mais cara, mais dispostos a dirigir mais rápido e de aceitar corridas mais longas. 

“Nossa pesquisa descobre que as avaliações médias feitas pelos passageiros quanto as taxas de cancelamento são quase iguais entre motoristas homens e mulheres e, portanto, não encontramos evidências que apontem a descriminação, seja por parte do aplicativo ou por parte dos passageiros, é a responsável pela diferença de salários”, manifestou-se a empresa em publicação.

Ela ainda cita o fato de que mulheres trabalham menos horas e aceitam menos corridas que o motorista médio por terem “mais responsabilidades” familiares. “É uma questão de preferências do motorista e de restrições, diferentes entre homens e mulheres”, escreveu.

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