Estresse tecnológico: será que ele já atingiu você?

E-mail, celular, <i>notebook</i>... para os "tecnoestressados", é praticamente impossível se desligar; que tal fazer um teste em seus dias de "folga"?

Waldeli Azevedo

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SÃO PAULO – Você sai de casa logo cedo, agarrado com o celular. Dentro do carro, ligar o rádio para acompanhar as notícias já faz parte da rotina. Ao chegar no trabalho, faz uma varredura nos e-mails e aos sites de seu interesse.

Até aqui, tudo parece ser normal e inofensivo, certo? Bom…e na volta para a casa? O expediente acabou, ou você continua conectado como uma “máquina”? Aí começa a definição do “tecnoestresse”.

Faça um teste, aproveitando os feriados que você tem à frente: nas suas horas vagas você consegue mesmo relaxar?

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Mania nem sempre é inofensiva
O hábito de estar permanentemente ligado parece inofensivo e até saudável, considerando-se que a busca pela informação garante bons resultados para o profissional. No entanto, como tudo em exagero se torna um perigo, é sempre importante observar os sinais de alerta!

Você usa a tecnologia a seu favor ou virou escravo dela? Saindo do escritório, o rádio no carro continua ligado nas notícias? No caminho para casa, você “desconecta” e procura diversão, seja com familiares ou amigos, ou corre novamente para o computador ou para o telejornal?

Quais os seus planos para os próximos feriados, já que o calendário deste ano está mesmo repleto deles: vai curtir sua casa e relaxar, ou pegar as malas e se divertir na praia ou campo? Seja qual for a situação, faça seu teste: consegue se desvencilhar do celular? Pode deixar seus e-mails fechados até a próxima segunda-feira? Pode deixar seu notebook de lado e simplesmente curtir um dia inteiro de folga?

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Síndrome é objeto de estudo
Para quem acha tudo isso um exagero, vale o alerta. O assunto tem sido objeto de estudo no País desde o ano passado, conhecido também como “síndrome de excesso de informação”. Já nos Estados Unidos, há vinte anos se fala neste tema!

Pesquisa realizada pela Isma-BR (International Stress Management Association), entidade voltada à pesquisa e desenvolvimento de prevenção e tratamento do estresse no mundo todo, ouviu 1.200 profissionais entre 25 e 55 anos de São Paulo e Porto Alegre.

De acordo com o estudo, 60% dos entrevistados afirmaram ter alguma seqüela provocada pelo mal. Os sintomas são vários: angústia, falta de concentração, agressividade, distúrbios do apetite, dores musculares, cansaço e alterações no sono.

Outro dado da pesquisa, divulgada pelo boletim informativo do CRA-SP (Conselho Regional de Administração), em sua edição de março, surpreende: para os entrevistados, a perda de informações no computador é um processo mais estressante do que a perda do emprego ou mudança de residência!

Fique de olho nos principais “sintomas”
Alguns sinais do dia-a-dia podem ajudá-lo a identificar se você deve agir com mais cautela em relação à tecnologia.

O que acontece quando você, em casa ou no trabalho, liga seu computador e ele simplesmente “não responde”? No caso de uma conexão lenta de Internet, qual a sua reação ao ver o tempo passar e o site desejado não dar o mínimo sinal de aparecer na tela?

Quantas vezes por dia você verifica as mensagens recebidas por e-mail? Nas suas horas “vagas”, passa seu tempo programando contatos e números de telefone em seu celular para poder fazer as ligações mais rápido?

Quando vai viajar, seu notebook é o primeiro item da bagagem? Compare o tempo dedicado ao seu computador e aos seus filhos, pais, amigos ou cônjuges: quem sai ganhando nesta “disputa”?

Considera-se escravo da tecnologia? Isso implica em dizer que você não pode ficar por fora de nenhum lançamento, e não se conforma quando enfrenta alguma dificuldade ao lidar com novos programas!

Como driblar o problema
A psicóloga Ana Maria Rossi, presidente da Isma-BR, também em entrevista ao CRA, destaca que é possível reverter o jogo. O profissional deve verificar se apresenta algum tipo de comportamento de risco, como o uso diário do notebook. O ideal, em seguida, é impor a si mesmo limites para a utilização dos recursos tecnológicos (horários, tempo de uso etc.).

Outra forma é buscar o relaxamento constante, praticar alguma atividade física e dedicar parte do seu tempo aos relacionamentos pessoais, seja em família ou com amigos. Aproveite melhor seus momentos de lazer e…relaxe!