Está há muito tempo desempregado? Confira quais podem ser os motivos

Segundo pesquisa, se candidatar apenas para vagas que surgem e ter baixo rendimento na entrevista são algumas razões

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – A luta para conseguir um emprego faz parte do cotidiano de muitos brasileiros e ela aumentou com a crise econômica mundial. Porém, acredita-se que o pior momento já passou e essa pode ser a hora de recontratações.

Mas, para alguns profissionais, a recolocação no mercado de trabalho demora mais para acontecer. Por que será que isso ocorre?

Segundo a pesquisa “A Contratação, a Demissão e a Carreira dos Executivos Brasileiros”, realizada pela Catho Online entre março e abril deste ano, com mais de 16 mil profissionais, há fatores que fazem com que o profissional permaneça mais tempo desempregado.

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Distribuir poucos currículos

O principal motivo que dificulta a recolocação no mercado de trabalho, de acordo com o levantamento, é a candidatura apenas a vagas anunciadas pela empresa contratante. Ao adotar a estratégia, o profissional leva seis meses a mais para ser empregado novamente.

“Quando o profissional utiliza apenas o método de porta em porta, ou seja, de ir apenas para as empresas que ele sabe que estão contratando, se candidata a menos vagas. Logo, as chances de recolocação diminuem”, ressalta a consultora de Recursos Humanos da Catho Online, Glaucia Santos.

Outro fator que contribui para o maior tempo sem emprego é o baixo aproveitamento nas entrevistas. Neste caso, o tempo de desemprego sobe para mais três meses e meio.

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“Muitas vezes, o profissional tem um bom currículo, mas não consegue ter bom desempenho na entrevista. Os erros mais comuns nesta etapa, que podem prejudicar o candidato, são contradizer o currículo, falar mal da empresa anterior, não relatar com detalhes a sua experiência profissional, não responder ao recrutador de forma direta ou ainda usar roupas inadequadas”, explica Glaucia.

Trabalho autônomo

Além disso, o profissional que trabalhava como autônomo também pode ficar um tempo a mais desempregado (+2,25 meses). Neste caso, Glaucia explica que o empregador pode pensar que o profissional vai querer manter essa atividade, comprometendo o seu rendimento no novo emprego.

A dificuldade em se adaptar à política da empresa, como o cumprimento de horários, pode ser outro empecilho para a empresa não contratar o profissional.

Acomodado ou especialista

A falta da conclusão do ensino superior também eleva em mais de um mês o tempo de desemprego do profissional.

Aquelas pessoas especializadas demais em uma determinada área também podem ficar sem emprego por mais tempo (+1,25 meses). “O profissional precisa ter uma visão genérica, ser flexível para atuar em várias áreas da empresa. Além disso, quando o profissional é extremamente especializado, por conta do alto número de cursos que ele fez, a empresa geralmente não tem condições de pagar seu salário”.

Por último, a pesquisa constata que a idade também pode aumentar ligeiramente (+0,13 meses) o tempo de desemprego. “Profissionais mais velhos têm mais experiência. Logo, seu salário será maior”.

Fatores positivos

Em contrapartida, se o profissional tem muita experiência profissional, o tempo que ele fica desempregado diminui (-0,16 meses). “Experiência é o principal fator de contratação”, ressalta Glaucia.

O tempo de espera para a recolocação também se reduz (-0,92 meses) se o profissional aceita um salário igual ao último obtido.

Para ficar desempregado por menos tempo, a consultora aconselha que o profissional invista em recolocação. “Ele precisa investir todo o tempo possível para divulgar seu currículo em todas as ferramentas possíveis”. Glaucia destaca ainda que o profissional deve visitar agências de emprego, fortalecer o seu networking, e investir em cursos de qualificação.