Espanhóis abrem startups para fugir de desemprego no país

Nos primeiros sete meses do ano, 21.992 pessoas se cadastraram como trabalhadores autônomos

Luiza Belloni Veronesi

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SÃO PAULO – Em um país que enfrenta a maior crise econômica de sua história, cada vez mais espanhóis optam pelo empreendedorismo para driblar o alto nível de desemprego, que está em torno de 26%. De acordo com a Bloomberg, aumentou em 8,2% o número de empresas criadas no primeiro semestre deste ano.

Nos primeiros sete meses do ano, 21.992 pessoas se cadastraram como trabalhadores autônomos. No mesmo período de 2012, o número tinha sofrido uma redução de 6.826.

Ainda de acordo com a publicação, o movimento também é observado em outro país europeu em crise, Portugal. Lá foi registrado um acréscimo de 20% no número de empresas criadas. Em contraponto, na Alemanha e França, maiores economias da zona do euro, o número de startups está diminuindo.

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Para o diretor da IE Business School em Madri, Paris de L’Etraz, a crise tirou as pessoas de sua área de conforto e a necessidade está mudando a mentalidade de querer trabalhar para o governo. Até quatro ou cinco anos atrás, mais da metade da população desejava ser servidor público. Agora, espanhóis querem incentivar o empreendedorismo num país onde o governo ainda cria um de cada seis empregos.

Medidas
Após a primeira redução de taxa de desemprego no segundo trimestre desde 2011, o primeiro-ministro Mariano Rajoy prevê que a economia cresça neste trimestre. No mês passado, afirmou a publicação, o parlamentar aprovou uma lei que simplifica tarefas administrativas e cria isenções fiscais no intuito de encorajar mais espanhóis a virarem autônomos ou fundar uma empresa.

Além disso, governantes estão avaliando outro projeto de lei para reduzir o risco de perder ativos pessoais em caso de falência.