Escolha da profissão: como lidar com as expectativas dos pais

Antes do vestibular, pais podem impor ao filho seus desejos íntimos. Saiba como escapar desse dilema

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – “Já atendi casos de estudantes que desenvolveram compulsão por álcool e drogas. Outros apareceram com sintomas de doenças psicossomáticas apenas para não enfrentar o vestibular. Também são relatados casos de ‘branco’, aquela situação na qual o estudante se preparou, mas não consegue realizar a prova. Tudo isso acontece porque as expectativas dos outros geram frustrações no aluno”, ressalta a terapeuta de família Ângela Elisete Herrera.

Ela alerta para o fato de que o período que antecede o vestibular, tipicamente estressante, fica ainda pior quando os pais projetam seus desejos íntimos nos filhos, na hora de escolher a profissão. “Muitas vezes, o pai queria ser engenheiro, mas não pôde. Ele, então, desde cedo, determina que seu filho siga tal carreira”, explica.

“Em outros casos, a situação vai ainda mais longe: a família praticamente força o jovem a ser médico, advogado ou dentista, porque acredita que são boas profissões. Mães que desejaram muito seguir carreira artística, muitas vezes, empurram suas filhas a isso, mas os jovens podem ter as aptidões”, acrescenta.

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O problema não se restringe ao vestibular. Às vezes, o jovem chega a se formar, porém inicia uma fase infeliz profissionalmente, causada pela falta de interesse.

Como agir

Diante da pressão dos pais, tente conversar com eles e explicar o que realmente deseja para si. “Não tenha medo de não ser aceito”, recomenda Ângela.

Durante o diálogo, questione: “Se vocês não tivessem seguido as áreas nas quais atuam, em quais outras profissões trabalhariam?” De repente, eles já até esqueceram que desejavam ser exatamente o que propõem aos filhos.

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Dicas para os pais

O pai e a mãe do vestibulando devem ajudar o filho a reconhecer seus talentos e interesses, respeitando sua personalidade e seus sonhos. Aconselhá-lo a procurar uma orientação vocacional pode ser uma solução. “Lembrem-se das aptidões que são necessárias para cada carreira: um cirurgião sem habilidades manuais pode não obter sucesso na carreira. Já um jornalista que odeia escrever ou ler não seguirá sua profissão”, aconselha a terapeuta familiar.