Entrevista de emprego: beleza é mesmo fundamental?

Avanço do setor de higiene pessoal e beleza é atribuído, entre outros fatores, ao mercado de trabalho concorrido

Waldeli Azevedo

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SÃO PAULO – As pessoas estão mais vaidosas, e isso não há como negar. Prova desta afirmação é o crescimento de 105% no faturamento do setor nos últimos cinco anos, de acordo com a ABIHPEC (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos).

Tal desempenho é explicado por vários fatores comportamentais, entre eles a ascenção das mulheres no mercado de trabalho (aumentando o poder de compra e preocupando-se mais com a aparência), o aumento da expectativa de vida da população e o mercado de trabalho cada vez mais concorrido.

Em dia com a estética
Segundo o Ibope, pesquisa realizada pela Universidade Federal Fluminense, em diferentes países, mostrou que as pessoas consideradas mais “atraentes” conseguem um salário maior e demoram menos tempo para arrumar emprego.

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De acordo com o Target Group Index, o Brasil é o país mais vaidoso da América Latina. Cerca de 37% dos brasileiros se preocupam muito com sua aparência, contra 27%, em média, dos outros países.

A preocupação, no entanto, não é apenas feminina: 41% entre os heavy-users dos produtos do segmento são homens! Quando a análise aborda as classes sociais, percebe-se que as classes D e E já respondem por 28% dos usuários do segmento.

Beleza garante mesmo emprego?
Mas…em que a beleza ajuda? Ninguém pode negar que a primeira impressão é um bom ponto de partida numa entrevista, por isso é preciso caprichar na apresentação.

Por outro lado, a idéia não é defender que apenas os “belos” têm espaço ao mercado de trabalho. Especialistas de RH destacam sempre que uma pessoa que preserva sua aparência e se considera “bonita” mostra auto-estima elevada, maior segurança e auto-confiança: três pontos que fazem a diferença em um candidato. Daí a relação bem-sucedida entre beleza e garantia de emprego.

Um candidato com essas três características consegue “vender melhor o seu peixe”, descrever suas qualidades com desenvoltura e argumentar com clareza em quais aspectos agregaria valor à empresa. Ou seja: meio caminho andado para a contratação!