Entre a faculdade e o cursinho: professor orienta quem passou em 2ª opção

Queria Medicina, tentou a sorte em Enfermagem e passou? Veja o que alunos devem fazer diante da situação

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – Depois de um ou alguns anos de cursinho, você se depara com a seguinte situação: não passou no curso que seria a sua primeira opção, como Medicina, por exemplo, mas conseguiu uma vaga naquele que cogitou ser uma alternativa, como Enfermagem. Diante desta situação, o que fazer, encarar as aulas no cursinho novamente ou se matricular na faculdade?

Segundo o coordenador do Anglo, Luís Ricardo Arruda de Andrade, o primeiro passo é analisar se a segunda opção foi escolhida por causa de um medo ou comodismo. Se a resposta for positiva, nada de ir em frente. “Ou a pessoa será perseguida o resto da vida pela frustração”. Já a primeira opção precisa ser algo que o aluno realmente deseja. “Uma escolha consciente”.

O coordenador ainda orienta que, se o aluno tiver que mudar de opção, que mude radicalmente. “Para não ter nem que lembrar do outro curso“.

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Muito tempo de cursinho

Outros pontos que devem ser levados em consideração são o tempo de cursinho, a idade do aluno e a situação financeira. “Não é a mesma orientação para quem começou agora e quem tem mais tempo de cursinho”.

No caso de uma pessoa de 18 anos prestando Medicina, Andrade diz que é melhor concentrar nas faculdades tidas como “tops”, enquanto quem já está há alguns anos batalhando por uma vaga deve se dar outras chances. “Entrar cedo na faculdade não é tão bom, principalmente em Medicina, curso no qual terá que lidar com um assunto tão forte, que é a morte. Faculdade exige maturidade”.

Já para as pessoas com mais idade e com situação financeira apertada, ele orienta que abra mesmo mais chances e procure algumas faculdades em outras cidades, além da que mora.

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Orientação para escolha

Para escolher o curso certo, Andrade disse que o aluno precisa deixar a cabeça aberta e tirar as frases feitas, como “eu não me vejo fazendo outra coisa” e “sonhei desde criança”. “O mundo oferece outras opções”. Ele ainda disse que as pessoas escolhem sem nem mesmo saber o que é o curso.

Sobre a escolha, o coordenador ainda afirmou que existem especialistas que orientam ao aluno falar com alguém da área, o que, segundo ele, nem sempre é bom. “Se for com alguém bem-sucedido, terá uma visão boa, mas e se for alguém fracassado?”. Outros ainda aconselham a fazer pesquisa de mercado. “De que maneira? Contratando uma empresa? Isso custa caro”.

“A única coisa que oriento é no sentido de tentar eliminar tudo que não gosta e, dentro das possibilidades que sobraram, ser o mais generalista possível. Se quer design, faça arquitetura”.

Andrade ainda disse que o aluno vai aprender a gostar do que faz. De que maneira? “Fazendo o melhor possível. Porque começa a colher os frutos e a gostar”.