Ensino técnico recebe investimentos para criar mais empregos

PDos 7,3 milhões de brasileiros sem emprego, 3,5 milhões são jovens e apenas 10% deles estão na universidade

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – O ensino técnico deve receber mais incentivo do Ministério da Educação. Segundo o ministro da pasta, Fernando Haddad, o acesso do jovem ao mercado de trabalho pode aumentar se a educação tecnológica formar mais profissionais.

Em 2005, enquanto o ensino médio contava com 9.031.302 matrículas no ano passado, o nível técnico somava 747.892, segundo o Inep/MEC (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira).

Desemprego entre jovens é maior

Já o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) revela que dos 7,3 milhões de brasileiros sem emprego, 3,5 milhões são jovens, o que eleva para 17% a taxa média de desemprego entre essa parcela da população, contra a média nacional de 9%.

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Se não fosse o bastante, Haddad diz que apenas 10% dos brasileiros entre 18 e 24 anos estão na universidade. Para aumentar esse percentual, o ministério integrou os ensinos médio e técnico ao revogar, em 2005, o decreto que desassociava as duas modalidades. Entre todos os estudantes, apenas 8% fazem algum curso técnico.

Apesar dos números, a mudança na legislação já surtiu efeito. Em 1994, as vagas para educação profissional somavam apenas 23.861; em 2004, esse número saltou 840%, batendo em 200.458. Entre os cursos, a quantidade cresceu 691%. Em dez anos, o número passou de 261 especialidades para 1.804.

Empregos

O reflexo disso já é sentido pelo mercado de trabalho. Segundo Francisco das Chagas Santana, diretor do Cefet-PI (Centro Federal de Educação Tecnológica do Piauí), “todos os alunos de mecânica que se formam este ano já têm emprego garantido”.

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Hoje, aproximadamente mil estudantes fazem estágio em empresas que procuram o Cefet em busca de técnicos em areas muito distintas, como mecânica, eletrônica, elétrica, edificações, meio ambiente, refrigeração e informática.