Enade 2005: instituições de ensino públicas são melhores avaliadas do que as privadas

Segundo avaliação, dentre os 181 cursos que obtiveram nota máxima, apenas 17 pertenciam às instituições particulares

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – O Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), divulgado pelo Ministério da Educação, referente a 2005, mostrou que as instituições de ensino superior públicas são melhores avaliadas do que as privadas.

Os cursos são avaliados com notas de zero a cinco. Dentre os 181 que obtiveram nota máxima, apenas 17 pertenciam às instituições particulares. Com relação ao conceito quatro, foram 468 cursos de universidades públicas e 381 particulares.

Novo conceito

O Indicador de Diferença entre o Desempenho Observado e Esperado (IDD), que compara o conhecimento agregado dos alunos que estão se formando com o estimado, mostrou que as instituições públicas oferecem melhores condições para o desenvolvimento dos alunos.

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Dos cursos com desempenho abaixo do esperado, 41,8% eram de instituições federais de ensino e 44,7% das estaduais. Já os cursos das instituições privadas ficaram com 46,5%. O maior índice foi identificado nas universidades municipais, com 59,2%.

Desempenho

O maior número de conceitos máximos no exame foi obtido por Minas Gerais. A nota cinco, atingida por 8,8% dos cursos avaliados no Estado, foi conquistada por 58 faculdades mineiras.

Em seguida vieram os estados do Rio Grande do Norte, com seis notas máximas – 7,8% dos cursos do Estado – e Roraima, com 7,7% dos cursos avaliados com nota mais alta.

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Avaliação

Para o ministro Fernando Haddad (Educação), os resultados da avaliação permitirão ao MEC a implementação do sistema regulatório do ensino superior. “A partir desses dados, as comissões de avaliação vão trabalhar in loco para dar um conceito às instituições”, disse o ministro.

No sistema, quando a avaliação for negativa, a instituição assinará um termo de compromisso com o MEC para melhorar a qualidade do ensino. Caso isso não aconteça, o curso será fechado.

A avaliação foi feita com 277.476 estudantes de 5.511 cursos de graduação pertencentes a 20 áreas de conhecimento: arquitetura e urbanismo, biologia, ciências sociais, computação, engenharias, filosofia, física, geografia, história, letras, matemática, pedagogia e química.