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SÃO PAULO – Em tempos de crise financeira, manter os funcionários motivados é um desafio para as empresas. Por isso, elas têm mantido seus programas de remuneração. Porém, no lugar de usar critérios financeiros (como o quanto a pessoa traz de retorno financeiro para a companhia), elas estão aderindo a análises comportamentais, como a forma que o colaborador contribui para o clima de trabalho.
De acordo com pesquisa feita pelo Hay Group, em parceria com a WorldatWork, nos próximos três anos, 64% das empresas irão aumentar o peso de critérios não-financeiros nos seus planos de remuneração. Além disso, 57% das organizações consultadas pretendem aumentar o foco no engajamento dos seus colaboradores em programas de recompensa. A pesquisa foi realizada com 763 companhias em 66 países, entre eles o Brasil.
“A desaceleração global levou as organizações mundiais a dar maior atenção sobre a maneira de envolver e motivar os trabalhadores. No entanto, durante os períodos em que os orçamentos estão mais apertados, manter a força de trabalho envolvida é mais difícil do que nunca. Em tempos difíceis, é fundamental que os empregadores lembrem do poder motivacional da remuneração intangível”, ressalta o líder da prática de Remuneração do Hay Group para a América do Sul, Carlos Henrique Siqueira.
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Estratégias de recompensas
O estudo identificou ainda que, atualmente, 71% das empresas entrevistadas analisam o desempenho financeiro que o funcionário trouxe à organização para poder recompensá-lo.
As formas de avaliações comportamentais, como se o funcionário satisfaz os desejos dos clientes e se ele é inovador ou engajado, ocupam menos de 40% do foco atual das organizações.
Apesar disso, 57% das organizações entrevistadas disseram que, no futuro, irão levar em conta o engajamento profissional como medida de avaliação para possíveis recompensas. “Começamos a ver uma forte tendência em atingir um melhor equilíbrio entre a gestão financeira e os aspectos motivacionais de recompensa”, diz Siqueira.
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Remuneração
A pesquisa ainda mostrou que 44% das empresas entrevistadas planejam usar a remuneração como maneira de estimular a criatividade e a inovação dos funcionários. Vale lembrar que, atualmente, esses dois itens são foco de 25% das organizações.
“Os problemas com o capital financeiro levaram as organizações a terem uma atenção maior sobre o valor do capital humano. As organizações estão aprendendo a tratar os seus colaboradores como ativos e não como custos e a investir estrategicamente em talento, explorando seus programas de remuneração”, destaca Siqueira.
Por fim, 57% das empresas pretendem, no futuro, medir regularmente o retorno do seu investimento total em recompensa, já que atualmente apenas 20% das organizações entrevistadas afirmaram que possuem este procedimento.