Empresas precisam vender cada vez mais para gerar o mesmo número de empregos

Segundo Ipea, as vendas necessárias para criar 444 mil empregos em 1996, hoje geram apenas 285 mil postos

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Para manter o número de empregos gerados, as empresas precisam ampliar cada vez mais as suas vendas, e os melhores salários ainda são pagos pelas multinacionais. Essas constatações estão no livro “Tecnologia, Exportações e Emprego”, que será lançado no dia 22 de maio pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).

Geração de emprego

De acordo com o levantamento, hoje, para cada crescimento de 2% nas vendas da indústria, há um aumento no número total de empregos gerados no País de 0,36%. Essa proporção era bem maior em 1996, quando o mesmo nível de crescimento das vendas era responsável pelo aumento de 0,56% no emprego.

Isso significa dizer que, em 1996, o bom desempenho das vendas respondia pela criação de 444 mil novos empregos, enquanto hoje gera 35,8% menos: algo em torno de 285 mil novos postos.

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A pesquisa aponta ainda que a criação de emprego formal nos últimos quatro anos vem crescendo intensamente nas regiões Norte e Centro-Oeste, com avanços de 62% e 60%, respectivamente.

Serviços pagam os melhores salários

O setor de serviços remunera melhor do que os demais setores. Enquanto esses trabalhadores recebem, em média, R$ 1.100, no comércio (R$ 650) e na agricultura (R$ 520) os salários são bem menores.

Se o empregado trabalha em uma companhia estrangeira, a chance de ganhar mais aumenta. O Ipea garante que uma indústria multinacional paga aproximadamente 38,3% a mais do que uma empresa nacional do mesmo segmento.

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Mas trabalhar em uma empresa exportadora já é muito vantajoso, já que seus salários costumam ser 24,7% superiores aos das companhias que não comercializam com outros países.

Lucros

Os lucros da empresa influenciam diretamente a remuneração do trabalhador. O funcionário que se transfere de uma firma menos lucrativa para outra mais lucrativa costuma receber um aumento de 3,5% a 5,4%. Já nos países desenvolvidos, esse ganho é ainda maior: nos Estados Unidos é de 24%, e no Reino Unido 16%.