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SÃO PAULO – A falta de profissionais qualificados é considerada a principal preocupação das empresas familiares em todo o mundo para os próximos 12 meses. É o que revela um estudo realizado pela PricewaterhouseCoopers com 35 países das Américas, Europa, Oriente Médio e Ásia-Pacífico.
A gravidade do problema varia de acordo com a região, já que nos mercados desenvolvidos a falta de qualificação de mão de obra foi indicada por 34%, enquanto nos mercados emergentes o número chega a 54%.
Somente no Brasil, esta resposta foi dada por 63% dos empresários. O índice é superior à média global, que é de 38%.
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Retenção de profissionais
Para evitar que a situação se agrave, as empresas adotam medidas para reter os melhores profissionais. No Brasil, a principal ação é oferecer desafios de trabalho aos funcionários, indicados por 63%. A média global é de 38%.
A remuneração aparece em segundo lugar, com 82% no Brasil e 75% no mundo. Foram citados ainda desenvolvimento de carreira e equilíbrio entre a vida pessoal e profissional. No Brasil, os índices foram de 74% e 69%, respectivamente.
Entre os brasileiros, apenas 4% declaram que utilizam de boas técnicas de gestão para evitar a saída do profissional da empresa. Já nos outros países, a porcentagem é de 59%.
Sucessão
Os dados também apontam sobre a sucessão nas empresas familiares. No Brasil, 45% dos entrevistados disseram que não existe um plano para funções mais importantes de nível executivo. A média mundial é de 47%.
Já outros 28% brasileiros responderam que há para um número limitado de cargos de executivos, enquanto 12% disseram que elaboram um plano de sucessão para todos os executivos. Apenas 2% das empresas brasileiras declararam que não sabem sobre o assunto.
A escolha do sucessor da empresa não é uma escolha fácil de se realizar. Dos entrevistados brasileiros, 45% afirmaram que já escolheram um sucessor, enquanto 55% disseram que não. Na análise global, 50% disseram que já escolheram alguém para substituir.
Sobre a pesquisa
O estudo foi realizado com 1.606 executivos de 15 setores de atividade entre 26 de maio e 17 de agosto de 2010, sendo 100 deles do Brasil.