Empresas familiares devem se profissionalizar para atrair bons profissionais

Falta de profissionalização causa problemas como desmotivação e surgimento de grupos que gerenciam de forma independente

Karla Santana Mamona

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SÃO PAULO – Muitos profissionais rejeitam a ideia de trabalhar em uma empresa familiar por acreditarem que falta profissionalização no ambiente de trabalho. Para que estas empresas possam atrair bons profissionais, alcançar o sucesso e serem competitivas no mercado, é necessário que os empreendedores compreendam todos os aspectos relacionados à profissionalização de seus negócios.

De acordo com consultor de empresas familiares e sócio-diretor da Societàs Consultoria, Pedro Podboi Adachi, profissionalizar a empresa não se limita apenas a abolir a forma de tratamento entre os profissionais da mesma família, abolindo termos como “pai”, “filho” e outros. 

Ausência de profissionalização
A falta de profissionalização causa problemas, como a desmotivação dos profissionais que poderiam colaborar para o sucesso da empresa, mas que acabam se demitindo com a intenção de alcançar outras oportunidades no mercado de trabalho.

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Outro problema é o aparecimento de grupos formados por membros da família e colaboradores que gerenciam uma unidade ou uma parte da empresa como se fosse independente do restante da organização. 

Profissionalização em três perspectivas
Segundo Adachi, a profissionalização de uma empresa familiar deve ser observada em três perspectivas: a profissionalização dos gestores, dos familiares e dos sócios.

A primeira etapa, a profissionalização dos gestores, consiste na contratação de executivos competentes para ocupar cargos importantes no organograma. Deve envolver regras de contratação fundamentadas na necessidade de profissionais para desempenhar determinada função, políticas de remuneração equiparadas ao cargo e equivalentes às praticadas no mercado de trabalho e avaliação pelo desempenho.

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A segunda etapa envolve a profissionalização dos familiares. Com base na definição da etapa acima, pode-se deduzir que os familiares terão liberdade em escolher a carreira que desejarem, que poderá ou não ser na empresa familiar. Esta escolha deve ser baseada nas aptidões e vocações de cada pessoa.

A terceira etapa é sobre a profissionalização dos sócios, já que os herdeiros, independentemente da profissão que desejarem seguir, serão membros de uma mesma sociedade, e, como sócios, devem estar preparados para assumir este papel. É importante que cada sócio conheça os limites dos seus direitos, seus deveres e que adote uma postura de sócio profissional, o que é essencial para uma completa profissionalização de uma empresa familiar.