Empresário: veja cinco desafios atuais na gestão de pessoas

Dificuldade é agravada pela mudança de comportamento dos profissionais que se tornarem muito mais exigentes

Karla Santana Mamona

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SÃO PAULO – Ter um quadro de funcionários altamente qualificados e motivados é o sonho de muitos empresários. Isso porque ao longo dos anos, as empresas perceberam que o capital humano é fundamental para alcançar o sucesso e a competitividade.

Na prática tudo pode parecer simples e fácil, mas na teoria a situação é outra. A dificuldade é agravada porque houve uma mudança de comportamento dos profissionais.“Não foram só as empresas que mudaram a percepção, os profissionais também se tornaram muito mais exigentes e sedentos por qualificação e desafios que os permitam crescer e desenvolver uma carreira”, explica a consultora no Brasil da Caliper Estratégias Humanas, Heidy Ruth de Oliveira.

Cinco desafios
Segundo a especialista, entre os desafios que as empresas encontram estão a retenção de talentos, profissionais de diferentes gerações, problemas relacionados ao ambiente, entre outros. Pensando nisso, ela apontou algumas dicas que podem ajudar. Confira abaixo:

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Retenção de talentos😮 primeiro passo para investir no desenvolvimento ou aprimoramento de pessoas é utilizar instrumentos de identificação de potenciais. As empresas mais desejadas pelos profissionais são as que realizam processo de gestão de pessoas planejado. A dica é montar um banco de talentos, em que estes profissionais estão preparados para assumir posições estratégicas. Desta maneira, também é possível identificar que tipo de pessoas serão necessárias a médio e a longo prazo. Para reter profissionais qualificados também é fundamental oferecer o que o jovem deseja.

Choque de gerações: as gerações se diferenciam em características, porém as competências podem e devem ser trabalhadas. Elas se ajustam ao que ocorre no meio ambiente. Os baby boomers, por exemplo, estão acostumados a hierarquias mais verticalizadas. A Geração Y não tende a fidelização. Para conter sua impulsividade é preciso identificar o que querem os jovens e ofertar algo adequado. Nesse caso, nem sempre a remuneração tem maior peso, mas sim, a liberdade, a autonomia, a criação, o respeito e o reconhecimento. O conflito de gerações reflete-se nos resultados das organizações. O embate ocorre quando não há qualquer planejamento por parte destas. Cada geração futura virá com características próprias diferenciadas e um jeito distinto de olhar o mundo.

Ambiente: atualmente, com a presença maciça dos jovens no mercado de trabalho, ambientes e benefícios diferenciados têm sido uma expectativa e uma exigência da nova geração. Não são todas as empresas que podem oferecer todos os benefícios pleiteados. Em um processo industrial, a maturação leva um pouco mais de tempo. O setor de prestação de serviços e das empresas de Tecnologia da Informação e da comunicação têm mais facilidade em criar ambientes propícios à liberdade e à criatividade.

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Papel dos Recursos Humanos: a área de Recursos Humanos precisa sair do operacional para assumir uma cadeira nas decisões estratégicas. Deve participar opinando e mostrando alternativas de preparação dos profissionais. Antes disso, é preciso estar mais próximo dos clientes internos para acompanhar mudanças, expectativas e identificar quem pode fazer parte de um plano de carreira e de desenvolvimento. O profissional de RH precisa ser muito antenado, versátil e flexível para atender às necessidades internas e as de mercado. O desafio das empresas é a estruturação de um processo de carreira, tanto horizontal quanto vertical. As pessoas devem começar a ser valorizadas pelas entregas, inovações e projetos que fazem e não mais só pela posição que ocupam.

Trabalho além fronteiras: há muitas empresas brasileiras em processo de internacionalização, expandindo operações para o Mercosul, Ásia, Europa e Estados Unidos. Esse processo requer profissionais especialmente treinados e preparados que ocupem estes cargos-chave para gerir os negócios em outros países. O movimento, entende a especialista, mostra que as empresas brasileiras estão no caminho certo e são competitivas. Para os profissionais, o avanço ao mercado global é uma oportunidade de fazer uma carreira internacional e desenvolver competências; para as empresas, uma forma de atingir vantagem competitiva.