Empresa tem projeto social? Saiba se não participar “queima o filme”

Participar de um programa em benefício da sociedade conta pontos para quem almeja um cargo de liderança

Karla Santana Mamona

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SÃO PAULO – Algumas empresas, pensando em ajudar a sociedade, desenvolvem algum projeto social. A participação dos funcionários nestes programas é voluntária. Mas será que o profissional que ignora a existência do projeto pode ficar com o “filme queimado”?

Para o diretor-executivo da Ricardo Xavier Recursos Humanos, Marshall Raffa, a resposta é sim. Ele explica que participar destes projetos revela que o profissional está alinhado aos valores da empresa, ou seja, se preocupa com questões que não competem somente ao seu trabalho e ao seu dia a dia.

Além disso, ele acrescenta que participar de um programa elaborado pela empresa em benefício da sociedade conta pontos para quem almeja um cargo de liderança. “Este líder terá uma visão social com a própria equipe. O gestor lida diretamente com o lado humano. Isso é muito positivo”.

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Motivos justificáveis
Raffa explica que não participar do projeto social da empresa pode ser justificado por dois motivos. O primeiro é se o programa for ligado diretamente a órgãos religiosos que não são da mesma religião que o profissional.

O segundo é se as atividades relacionadas ao programa forem realizadas fora do horário do expediente do colaborador. “A empresa não pode obrigar que a pessoa fique tempo a mais. É comum que as pessoas não tenham agenda para participar”, diz.

Falta de planejamento
Mesmo com estas razões, o especialista explica que a falta de planejamento da empresa é o principal motivo que faz que o funcionário não queira participar do programa. O indicado é que a empresa desenvolva um planejamento de longa duração, que envolva o maior número de pessoas, e isso é feito principalmente pelo setor de comunicação e Recursos Humanos da empresa.

“É importante mostrar o resultado do programa social. Se o planejamento for bem feito e divulgado, as pessoas que participaram verão os resultados e irão querer continuar participando. A motivação delas trará outras pessoas”.

Isso deve ser aplicado tanto nos programas sociais como nas ações sociais. Ele explica que campanhas como arrecadação de alimentos para vítimas de desastres naturais, de brinquedos e de agasalho são ações pontuais.

“Não adianta colocar uma caixa na entrada da empresa e pedir para que as pessoas tragam roupas e brinquedos. Mesmo as ações sociais isoladas devem ter um planejamento e divulgação. Assim, as pessoas terão orgulho de participar e de ter ajudado”.