Eleições e cenário incerto adiam contratação de trabalhadores temporários

Mesmo que de última hora, o número de vagas temporárias abertas deve ser 10% maior que o do ano passado

Júlia Miozzo

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SÃO PAULO – Dados da Confederação Nacional do Comércio (CNC) apontam que, diferente dos outros anos, a contratação de funcionários temporários em 2018 ficará somente para o último mês do ano por conta das eleições presidenciais, que criam um cenário incerto para a economia brasileira.

Nos últimos levantamentos, dezembro concentrou entre 10% e 15% da contratação de funcionários temporários para as vendas de Natal. Neste ano, o mesmo mês deve concentrar até 25% das vagas extras.

Mesmo que de última hora, o número de vagas temporárias abertas deve ser 10% maior que o do ano passado: a estimativa da Assertem (Associação Brasileira do Trabalho Temporário) é de que sejam abertos 434.429 novos postos, a maioria (75,27%) deles em São Paulo, Paraná (7,41%) e Rio de Janeiro (5,89%). Em relação a 2016, o número estimado é 22% maior.

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É interessante apontar que o maior número de vagas temporárias abertas dos últimos cinco anos foi em 2014, antes da crise, em que foram abertas 490 mil vagas. O número previsto para 2018, se concretizado, será o maior desde 2015.

Especificamente do setor de varejo, devem ser contratados 72,7 mil temporários, total 1,7% menor em relação aos 73,9 mil postos criados no ano passado, segundo a CNC.

A Confederação ainda leva em conta que o crescimento das vendas no Natal será 2,3%, menor do que o apresentado em 2017 em relação a 2016, de 3,9%, por conta da desaceleração da economia diante das incertezas do semestre, em especial por conta das eleições.  

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