Como não se comportar no trabalho: o que a linguagem corporal dos presidenciáveis pode ensinar

Análise levou em conta o comportamento dos candidatos no primeiro debate em agosto

Giovanna Sutto

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SÃO PAULO – Você pode nunca ter pensado sobre isso antes, mas a linguagem corporal tem uma grande influência nas relações interpessoais e, consequentemente, no ambiente de trabalho. Os gestos que fazemos, muitas vezes sem pensar, podem ter significados mais profundos do que imaginamos e atitudes mal interpretadas podem gerar problemas na empresa.

Alexandre Monteiro, especialista em linguagem corporal, explica que é possível conhecer as características comportamentais mais evidentes dos indivíduos por meio da linguagem corporal: o que os influencia, como reagem sob pressão, quais os seus valores fundamentais, motivações, objetivos e quais os seus maiores receios.  

Considerando a análise que o especialista fez sobre o comportamento dos presidenciáveis no primeiro debate no início de agosto, o InfoMoney elencou quais gestos você deve evitar no ambiente de trabalho baseado nos candidatos. 

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Confira alguns gestos que você deve evitar:  

O especialista identificou um gesto negativo de Bolsonaro (PSL) ao ouvir Álvaro Dias (Podemos). “Seguramos a cabeça quando estamos aborrecidos. Técnica que descredibiliza o que o outro esta dizendo”, explica. Durante uma reunião de trabalho, ou em um diálogo com o chefe você deve evitar esse tipo atitude. 

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Monteiro identificou também Ciro Gomes (PDT) lambendo os lábios na parte superior. “Fazer isso antes de falar é um indicador que a pessoa vai tentar deixar a história a seguir mais agradável. Além disso, pode ser visto como uma tentativa de manipulação”, afirma o especialista. Ciro fez o gesto antes de começar a falar sobre suas propostas para o primeiro ano de governo. 

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No trabalho é importante você sempre pensar em transmitir o que realmente quer dizer. Nesse caso, ao lamber os lábios você pode estar transmitindo essa tentativa de manipulação. Por mais que seu chefe e as pessoas ao se redor não tenham conhecimento desse tipo de linguagem, ter essa informação em mãos serve também para que você observe as reações de seus colegas de trabalho e chefe durante reuniões e feedbacks. 

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Henrique Meirelles (MDB) também fez o gesto com os lábios.  

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Outro gesto que Monteiro destacou foi o sorriso torto de Alckmin. “Ao levantar apenas um dos lados do lábio, sorrindo assimetricamente, ele mostra uma microexpressão de desprezo”, explica. O gesto aconteceu durante uma pergunta sobre desemprego, mais especificamente na frase “O Brasil precisa gerar emprego e renda”. 

Esse é outro gesto que você deve evitar no dia a dia do trabalho. Mostrar desprezo não é uma solução. Sempre que discordar de algo que foi dito ou proposto procure ter uma conversa franca e direta para tentar achar uma saída melhor. 

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Na foto abaixo, o especialista analisa a reação de Marina. “Quem olha para baixo, tem voz muito baixa e expressão fechada é uma pessoa nervosa, insegura e muito ansiosa”, explica. Marina se demonstrou assim em alguns momentos do debate. 

Esse conjunto de gestos nunca são bem-vindos no trabalho. Seja apresentando algum novo projeto, ou em uma reunião de equipe, ou até mesmo em uma conversa particular com o chefe. Sempre se mostre atento ao que está fazendo e ouvindo, fale pausadamente, mas com um tom de voz plausível com o ambiente que estiver e tente trabalhar a ansiedade para não ficar muito nervoso e deixar isso atrapalhar seu desempenho – é questão de treino e experiência. 

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Outro exemplo do que evitar no trabalho vem do candidato Cabo Daciolo (Patriota). “Ao citar Ciro Gomes, ele aponta o dedo indicador, o que demonstra agressividade e concorrência”, diz. “Eu vou para Ciro que tem 36 anos de vida pública. Chega. Essa é a velha política que engana o povo”, afirmou Daciolo. 

Nunca aponte o dedo durante uma conversa no trabalho. Mostrar agressividade e concorrência é tudo o que seu chefe não quer dos funcionários da equipe. Saber admitir os próprios erros e saber dialogar para resolver um problema quando discorda do mesmo são virtudes de bons profissionais. Além disso, saber trabalhar em equipe é uma vantagem e pode levar você muito mais longe profissionalmente.  

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Giovanna Sutto

Repórter de Finanças do InfoMoney. Escreve matérias finanças pessoais, meios de pagamentos, carreira e economia. Formada pela Cásper Líbero com pós-graduação pelo Ibmec.