Brasileiros estão menos interessados em trabalhar como temporário

A baixa pode ser explicada pela ligeira queda no desemprego e pelo controle do endividamento

Karla Santana Mamona

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SÃO PAULO – Os brasileiros estão menos interessados em vagas temporárias. Segundo uma pesquisa realizada pela Vagas Tecnologia, este ano houve uma redução de seis pontos percentuais na quantidade de candidatos interessados em disputar um posto de trabalho temporário, passando de 66% para 60%, entre 2012 e 2013.

Para o gerente de relacionamento da Vagas Tecnologia, Fernanda Diez, a baixa pode ser explicada pela ligeira queda no desemprego e pelo controle do endividamento. Com esse cenário mais favorável, as pessoas acabam optando pelo emprego fixo.

O estudo indica ainda que, do total de respondentes, 53% estão empregados neste ano ante 51% em 2012. “São dois pontos percentuais, mas que ajudam a desvendar esse cenário. Quando há mais gente no mercado de trabalho, é normal que diminua o interesse das pessoas em apostar suas fichas em uma vaga temporária”, acrescenta Diez.

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No final do ano
Entre os entrevistados interessados (60%) em realizar algum trabalho temporário no final do ano, foram apontadas quedas em candidatos que buscam o trabalho temporário para conseguir uma nova oportunidade de trabalho: recuou de 51% no ano passado para 44% neste ano. A parcela dos que pretendem utilizar o emprego de fim de ano para saldar dívidas também diminuiu, passando de 24% em 2012 para 22% este ano.

Dos que não pretendem realizar trabalho temporário no final de ano (38%), o estudo conseguiu captar o motivo pelo desinteresse: 38% dos consultados informaram que não é possível conciliar um emprego temporário com outa atividade. Somaram 27% aqueles que não têm interesse. Para 23%, há satisfação com a carga atual de trabalho. Motivos não identificados chegaram a 12%.

Outro indicador refere-se à confiança dos trabalhadores na busca por emprego. O estudo aponta que 31% estão totalmente confiantes com a possibilidade em conseguir uma ocupação no mercado de trabalho. Há, ainda, 49% confiantes, 15% indiferentes e 5% pessimistas.