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SÃO PAULO – Um levantamento realizado pela consultoria Vagas Tecnologia revelou o perfil dos profissionais estrangeiros no Brasil. Segundo o estudo, 57% dos imigrantes têm pós-graduação.
Desse total de pós-graduados, 35% informaram que possuem mestrado; 11% deles têm doutorado; 5% possuem MBA e 4% aprofundaram seus conhecimentos em outras especializações. A mostra conta ainda com 7% de bacharéis, 16% possuem cursos complementares e 20% não informaram sua formação.
“São profissionais com uma forte bagagem técnica. É o tipo de trabalhador que está em falta no Brasil e que pode ser uma interessante alternativa para as empresas”, explica a gerente de relacionamento da Vagas Tecnologia, Fernanda Diez.
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A pesquisa revelou também que 90% dos estrangeiros que estão no País dominam a língua inglesa, enquanto 74% são fluentes em espanhol. Os que conhecem a língua portuguesa representam 48% enquanto os que declararam conhecer outro idioma além dos apresentados somaram 43%.
Desemprego
Apesar dos atributos técnicos, um em cada quatro imigrantes está desempregado. “Temos ainda uma parcela significativa de 11% na amostra que não informou se está trabalhando ou não. Isso nos leva a crer que a parcela de trabalhadores sem uma ocupação no mercado de trabalho pode ser ainda maior”, revela Diez. Os profissionais que disseram estar trabalhando somaram 62%.
Os profissionais imigrantes também informaram em qual área mais gostariam de atuar. Destacaram-se Administração de Empresas, Vendas, Engenharia Civil, Tecnologia da Informação, Marketing, Comércio Exterior e Atendimento a Clientes.
Em relação ao último nível hierárquico em que esse profissional atuou, 58% disseram que atuaram em cargos básicos e operacionais (estagiários, trainees, técnicos, auxiliares e analistas). Um contingente de 31% declarou atuar em posições de média e alta gestão (gerentes, coordenadores, supervisores e diretores). E 11% não informaram o último cargo de atuação.
O país de origem desse profissional foi questionado no levantamento. Da base pesquisada, 45% informaram procedência europeia. Há ainda 32% de sul-americanos, 7% da América do Norte, asiáticos e africanos somaram 6%, cada, e 4% oriundos da América Central.
“O intercâmbio profissional é um fator atrativo em todos os países, especialmente para europeus nesse momento de crise e escassez de empregos. O Brasil pode se beneficiar com as novas regras do Conselho Nacional de Imigração para o trabalho de estrangeiros ao reduzir a quantidade de documentos. Abrir um cadastro eletrônico para empresas que quiserem recrutar fora do País, trazendo pessoal altamente qualificadas também é uma excelente iniciativa”, finaliza Diez.