Emprego na construção deve crescer 8% em 2010, com geração de 180 mil vagas

Em 2009, setor criou 177 mil novas vagas. Aumento salarial é atribuído às grandes obras e ao reajuste do salário mínimo

Evelin Ribeiro

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SÃO PAULO – A geração de empregos na Construção Civil crescerá 8% em 2010. Com esse percentual, espera-se criar 180 mil vagas com carteira assinada em todo o país. Para realizar tal perspectiva para este ano, o Sindicato das Indústria da Construção Civil de São Paulo se baseou no aumento de empregos formais gerados ao longo de 2009. Os dados foram divulgados pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) nesta terça-feira (11).

No ano passado, foram gerados 177.185 novos empregos no setor, saldo inferior a 2008. Com isso, a Construção Civil representou 18% dos 995,1 mil vagas preenchidas no ano passado.

“A evolução do emprego formal na construção mostra que as medidas de estímulo ao setor resultaram na recuperação de postos de trabalho fechados em consequência da crise”, aponta o Dieese. “O emprego no ramo foi um dos mais afetados, mas foi também o que liderou a recuperação”.

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Embora algumas ocupações registrem crescimento nas admissões, como em servente de obras, pedreiro, auxiliar de escritório e motorista de caminhão, há saldo negativo em determinadas ocupações – mestre, eletrotécnico e guincheiro, por exemplo.

PAC e mão-de-obra
Cerca de 94% as negociações de reajustes salariais obtiveram aumentos reais em 2009. Em parte, os aumentos de salários no setor podem ser atribuídos às grandes obras implementadas no ano passado, inclusive por meio do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). “Pode ter havido uma pressão maior por mão-de-obra nessas localidades, o que acabou por elevar as remunerações”, destaca o Dieese.

Também contribuiu para esse crescimento real o aumento do salário mínimo, que tem impacto tanto pelas várias negociações salariais quanto pelo aquecimento do setor e maior demanda por mão-de-obra.