Emprego industrial cresce 0,7% em fevereiro, primeira alta em 15 meses

Segundo IBGE, nove das 14 localidades aumentaram o número de trabalhadores, com destaque para São Paulo (1,4%)

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SÃO PAULO – A taxa de emprego na indústria brasileira aumentou 0,7% em fevereiro, na comparação com o mesmo mês de 2009. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), esse é o primeiro resultado positivo desde novembro de 2008.

Os dados divulgados nesta sexta-feira (9) mostram que, na análise mensal – com ajuste sazonal – foi verificado aumento de 0,6% no número de empregados na indústria.

Considerando as médias móveis trimestrais, a taxa de emprego registrou aumento de 0,1% entre os trimestres encerrados em janeiro e fevereiro. Nos últimos 12 meses, entretanto, a taxa ficou negativa em 4,8%.

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Análise regional e setorial
Em fevereiro, na comparação com o mesmo mês do ano passado, houve aumento no número de empregos na indústria em nove das 14 localidades pesquisadas, com destaque para São Paulo, cuja taxa avançou em 1,4%, seguido pela região Nordeste (2,9%) e Ceará (8,5%).

Em São Paulo, as altas vieram dos setores de papel e gráfica (20,1%), têxtil (9,2%) e de vestuário (4,8%). Já no Nordeste e no Ceará, os setores de calçados e couros (20,1% e 24,9%,respectivamente) e alimentos e bebidas (2% e 7,5%) foram as principais influências.

Considerando as localidades onde houve queda do contingente de trabalhadores, o destaque ficou com os estados de Minas Gerais (-1,2%) e Paraná (-1,4%).

Em Minas, a indústria de vestuário foi o principal destaque negativo registrando queda de 25,8%. O setor de alimentos e bebidas, por sua vez, foi o maior responsável para o resultado do Paraná, com variação negativa de 4,3%.

Considerando os setores, ainda na comparação com fevereiro do ano passado, o IBGE constatou que 12 dos 18 setores apresentaram resultados positivos, com destaque para papel e gráfica (8,2%), têxtil (4,6%), alimento e bebidas (1%) e calçados de couro (3,2%).

Entre os setores que registraram variação negativa, a indústria de madeira foi destaque, pois apresentou queda de 12,5% no seu contingente de trabalhadores no segundo mês do ano.