Emprego: eixo Rio-São Paulo ainda é campeão em oportunidades

Segundo MTE, no Sudeste foram criados 64.703 postos em novembro deste ano, ante -8.512 no Centro-Oeste

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – De acordo com dados divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a expansão do emprego com carteira assinada não é homogênea no Brasil. Enquanto no Sudeste foram criados 64.703 postos em novembro deste ano, houve declínio no Centro-Oeste, por conta da sazonalidade dos agronegócios, de menos 8.512 vagas. A pesquisa, por sua vez, reforça a idéia de que as oportunidades ainda estão no eixo Rio-São Paulo.

Segundo o gerente de RH (Recursos Humanos) e Projetos do Grupo Soma, Celso Eduardo da Silva, a crença é verdadeira. “Por mais que a região Sudeste tenha perdido profissionais para o Sul e Nordeste, ainda é um grande centro para se conseguir um emprego. Culturalmente, as pessoas acreditam nisso e é o que acontece”, afirmou.

Análise do IEDI (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial) indicou que o maior ritmo de aumento do emprego na indústria brasileira vem se nutrindo, do ponto de vista regional, do maior dinamismo da economia industrial de São Paulo, que, nos últimos meses, passou a crescer mais do que a média brasileira e, por isso, também acelerou a contratação de mão-de-obra, principalmente devido ao setor de alimentos.

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Avanço de outras regiões

Para o gerente, Rio de Janeiro e São Paulo são responsáveis pela geração de empregos operacionais, mas as “bolas da vez” para os grandes executivos são o Sul e o Nordeste. Segundo os dados do MTE, no décimo primeiro mês do ano, enquanto o Sul gerou 42.738 vagas, o Nordeste foi responsável por mais 17.437. “Fortaleza, Salvador e Recife, principalmente, atraem executivos porque possuem uma falta de mão-de-obra qualificada”.

Mas quem pensa que ir para estas localidades é sinal de queda na visibilidade está muito enganado. Silva explicou que, por ser um desafio maior trabalhar em um local com pouca mão-de-obra e, em alguns casos, mais carente, os projetos realizados são mais valorizados. “Os resultados alcançados nestas regiões são mais evidentes”, afirmou.

Para quem está em início de profissão, no entanto, ele indica não arriscar, porque no Rio e em São Paulo ainda existem mais oportunidades.

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Brasil como um todo

Os dados do MTE mostraram que foram gerados em novembro 124.554 postos de trabalho, número quatro vezes maior do que o registrado no mesmo mês do ano passado, quando houve a formalização de 32.579 vagas. De janeiro a novembro de 2007, o saldo entre admissões e desligamentos alcançou a marca de 1.936.806 postos.

“Isso mostra que o Brasil está com um crescimento consistente, com a inflação sob controle e com crédito internacional. Acredito que vamos bater o recorde de geração de empregos neste ano, alcançando um pouco mais de 1,6 milhão de postos formais. Em 2008, acho que podemos beirar a criação de dois milhões de empregos formais”, disse o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi.