Emplaque uma ideia! Veja o que levar em conta na hora de elaborar uma sugestão

Para ganhar visibilidade e ter sua sugestão aceita e aplicada efetivamente pela empresa é preciso ter estratégia

Camila F. de Mendonça

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SÃO PAULO – Se você é daqueles profissionais que veem erros nos processos de trabalho da empresa, acredita que existem maneiras mais práticas e fáceis de executar tarefas e está cheio de ideias, então, prepare-se para dar a dica.

Dar sugestões não é uma prática recente no mundo corporativo, mas ainda não está devidamente consolidada, principalmente em pequenas e médias empresas. Nelas geralmente as sugestões dos profissionais são feitas de maneira informal. Isso faz com que os gestores percam boas oportunidades e até talentos.

“Grandes empresas costumam ter seus programas que incentivam os profissionais a darem sugestões. As que fazem isso estão preparadas para a competitividade, porque estão abertas”, explica a gerente da V2 Recursos Humanos, Andrea Kuzuyama.

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Mas, mesmo em grandes empresas, emplacar aquela ideia não é tão simples. Para ganhar visibilidade e ter sua sugestão aceita e aplicada efetivamente pela empresa, é preciso ter estratégia.

Como emplacar a sugestão?
Para dar a dica de modo eficiente, os especialistas ouvidos pelo InfoMoney aconselham os profissionais a estudarem a empresa, sua cultura e política e área de atuação. “Tudo isso dentro do contexto global do mercado onde ela atua”, explica a consultora em Recursos Humanos 
Jane Souza, do Grupo Soma Desenvolvimento Corporativo.

Para ela, fica mais fácil emplacar uma ideia quando esta condiz com a situação da empresa, tanto no mercado como financeira. Mas não é apenas isso que deve ser levado em consideração na elaboração de uma sugestão.

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“Todas as sugestões que angariam ganhos para as empresas acabam sendo aceitas. Mas esses ganhos não são necessariamente em recursos”, explica Andrea. De maneira geral, as empresas priorizam sugestões que reduzem custos, facilitam processos, ampliam clientes, melhoram o trabalho dos profissionais e a imagem da empresa e que estejam relacionadas à sustentabilidade.

Mas tudo isso deve ser analisado levando-se em conta o momento pelo qual a empresa passa. “O profissional que quer ver sua sugestão aceita precisa enxergar a necessidade da empresa”, afirma a diretora de Consultoria da Ricardo Xavier Recursos Humanos, Neli Barboza. “Se a empresa passa por uma crise, ela vai descartar sugestões que envolvam custos”, explica.

Por considerar tantos fatores, o ideal, na avaliação de Andrea, é que as sugestões sejam elaboradas como se fossem verdadeiros projetos, com objetivo, pontos negativos e positivos e até previsão de possíveis custos e ganhos.

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A quem falar?
Em empresas que possuem programas de sugestões não existe a dificuldade de elas chegarem às mãos certas. Naquelas onde não há esse tipo de iniciativa, fazer com que as ideias cheguem a quem precisa delas é difícil.

Nesses casos, as especialistas recomendam que os profissionais direcionem as sugestões ao líder imediatamente acima dele. Sugestões por escrito são mais fáceis de serem entendidas e levadas a quem interessa. Aquelas faladas podem cair no esquecimento.

“Por isso, é preciso ter cuidado com a questão da linguagem, da objetividade, para que facilitar a aceitação da ideia”, lembra Neli. Para Jane, é preciso que o colaborador tenha em mente que, ainda que sejam boas e bem estruturadas, nem sempre suas sugestões serão aceitas. “Isso é importante, porque, diante da recusa, muitos profissionais ficam desestimulados”, diz.

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O ideal seria que o líder desse um retorno, ainda que negativo, para estimular o profissional a melhorar sua ideia e a ter outras. “Se ele nunca tem um retorno, é uma falha da gestão”, afirma as consultora.