Em quatro anos, cresce exigência de qualificação de profissionais de MPEs

Segundo o Sebrae, o número de pessoas só com o ensino médio incompleto e o analfabetismo caíram entre 2001 e 2005

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – Entre os anos de 2001 e 2005, houve melhora no nível de escolaridade dos empregados das micro e pequenas empresas, com queda no analfabetismo e no número de pessoas que possuem apenas o ensino médio incompleto.

A constatação faz parte do “Anuário do Trabalho na Micro e Pequena Empresa 2007” – encomendado pelo Sebrae ao Departamento Intersindical de Estatística e Estudo Socioeconômico (Dieese) – divulgado nesta sexta-feira (10).

De acordo com o gerente de Gestão Estratégica do Sebrae Nacional, Pio Cortizo, esse aumento na escolarização é uma resposta às exigência do mercado. “Cada vez mais as empresas estão tendo a necessidade de se tornar mais competitivas frente à concorrência e, para isso, é necessário ter empregados mais qualificados que saibam, por exemplo, lidar com novas tecnologias”, afirmou.

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Comércio é destaque

Quando assunto é escolaridade, a pesquisa mostrou que o setor de Comércio é destaque. Em 2001, havia 14.479 analfabetos nas microempresas e, em 2005, este número caiu para menos da metade: 5.569. Nas pequenas companhias, a redução foi de 13.023 para 5.187 no período.

Em 2005, as microempresas do setor de Comércio possuíam 42% dos empregados com ensino médio completo e 15% incompleto. Em serviços, são 35% que concluíram este nível de instrução e 10% cursando. Na Indústria, havia 41% no ensino fundamental e 27% com o ensino médio concluído. Na construção, predomina o ensino fundamental, com 45% dos trabalhadores nesta condição.

Nas pequenas empresas, o ensino médio é maioria (41% incompletos) em empregados de Serviços e entre os de Comércio (43% completo). Na Indústria, a maioria é do ensino fundamental (39%), bem como na Construção (41%).

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Rendimentos

Em 2005, a remuneração média na microempresa do setor de Construção Civil era de R$ 675, seguido pelos setores de Serviço (R$ 668), Indústria (R$ 663) e Comércio (R$ 537). Na pequena empresa, no entanto, os valores são mais elevados, de R$ 985 para Serviços, R$ 938 na Construção Civil, R$ 883 na Indústria e R$ 695 no Comércio.

Em termos regionais, a média salarial nas empresas de pequeno porte, em 2005, era maior no Sudeste (R$ 663,50), seguido do Sul (R$ 646,50), Centro-Oeste (R$ 581), Norte (R$ 503,50) e Nordeste (R$ 466).