Em mais 15 anos de Plano Real, crédito deve atingir 97,3% do PIB

Aumento da concessão de crédito deve ser estimulado por setor habitacional, queda dos juros e alta da massa salarial

Flávia Furlan Nunes

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SÃO PAULO – A concessão de crédito no Brasil deve atingir 97,3% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2025, ante um total de 42,5% atuais.

O dado é de informe realizado pela Austin Rating, divulgado nesta quarta-feira (1), que analisa os próximos 15 anos do Plano Real, tendo em vista o que aconteceu nos 15 anos de vida do plano econômico, que foi implantado no Brasil em 1994.

Para 2012, o que se espera é que a concessão de crédito, como proporção do PIB, salte para 64,1%, evoluindo para 76,6% em 2018, para 85% em 2021 e para 92,4% em 2024.

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Motivos

De acordo com a Austin Rating, o aumento da concessão de crédito será sustentado pela necessidade de expandir o setor de habitação, tendo em vista o déficit habitacional de 8 milhões de residências no Brasil. Além disso, as menores taxas de juros incentivarão a tomada por empréstimos.

Outro fator relevante será a melhora da renda do trabalhador. A análise ressalta que a taxa de desemprego sofreu mudança estrutural ao longo dos anos 1990, principalmente com a maior difusão do uso da tecnologia no setor de serviços. A mudança será mais contínua até 2025, em razão da migração da força física para o conhecimento intelectual.

Neste contexto, a renda real e a massa de salário devem passar a ter crescimento mais moderado, frente à última década, principalmente pela estabilidade de preços e maior concorrência por emprego em nível global. A taxa de desemprego de 10,5% entre 1991 e 2000, que passará a 10% entre 2001 e 2010, atingirá 6,2% entre 2011 e 2025.

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Um ponto importante para o avanço do crédito será a mudança do consumo das classes de menor renda. Para se ter uma ideia, a participação da classe C no consumo de massa passará de 52,3% em 2008 para 76% em 2025.