Em ano de crise, caiu a participação das mulheres no mercado de trabalho

SÃO PAULO – A taxa de participação das mulheres no mercado de trabalho na Região Metropolitana de São Paulo diminuiu em 2009, passando de 56,4% em 2008 para 55,9% no ano passado, a segunda retração observada desde o começo da década, sendo que a primeira foi em 2007.

A taxa de participação mede a proporção de pessoas com dez anos ou mais na situação de ocupadas ou desempregadas. Entre os homens, também houve queda nesta taxa, de 72% para 71,5%.

Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (4) pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) e a Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados).

Taxa de desemprego
A taxa de desemprego total feminina também apresentou retração, passando de 16,5% para 16,2% entre 2008 e 2009, o que explicado pelo aumento no número de ocupadas. Já a taxa de desemprego dos homens teve aumento de 10,7% para 11,6% na mesma base comparativa.

O motivo para a retração entre os homens é que a crise econômica atingiu com particular intensidade o segmento industrial, em que a presença masculina é maior. 

Análise por segmento
Na análise por segmento, o estudo apontou que Serviços Domésticos e Serviços foram os principais responsáveis pelo desempenho da ocupação feminina em um ano afetado pela crise internacional.

No caso dos homens, mesmo com aumento do nível de ocupação nos Serviços e na Construção Civil, as expressivas retrações da Indústria e no Comércio reduziram as oportunidades de inserção produtiva.

Rendimento médio mensal
Em relação ao rendimento médio mensal por hora, as mulheres registram aumento no mercado de trabalho em 2009, com crescimento de 3% em comparação com o ano anterior, passando a corresponder a R$ 6,17. Entre os homens, houve retração de 1,4%, levando a remuneração média por hora a R$ 7,73 no mesmo período.

Confira abaixo o rendimento médio real mensal dos ocupados, segundo setor, entre 2000 e 2009: