Elaborar uma estratégia para carreira beneficia mais homens do que mulheres

Levantamento mostrou que "fazer tudo direito", com objetivo de avançar na carreira, dá mais retorno para homens

Viviam Klanfer Nunes

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SÃO PAULO – Estudo revela que ter uma estratégia bem definida para avançar na carreira parece beneficiar mais os homens do que as mulheres.

O levantamento, realizado pela ONG Catalyst, observou apenas executivos, tanto homens quanto mulheres, com alto potencial de carreira. O resultado mostrou que mesmo “fazendo tudo direito”, no sentido de avançar na carreira, isso dá mais retorno para homens do que para as mulheres.

Algumas das estratégias usadas pelos profissionais para ter sucesso na carreira é mostrar para os chefes que estão prontos para novos desafios, deixar suas ambições o mais claro possível e construir um networking forte. Apesar desses esforços, no sentido de impulsionar sua carreira, as mulheres não tiveram resultados tão positivos.

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Avaliando os resultados do estudo, a coordenadora do curso de Gestão em RH da Veris Faculdades, Suely Murtinho, afirmou que as mulheres, ainda hoje, enfrentam preconceito no mercado de trabalho, o que pode ajudar a entender os resultados da pesquisa. Para Suely, as exigências entre homens e mulheres são diferentes, “apesar dos dois terem a mesma capacidade, a mulher enfrenta um mercado mais difícil”.

Olhar desconfiado
Entre as conclusões, o estudo observou que as mulheres são pagas pela performance, ou seja, pelos resultados que apresentam, e os homens são remunerados pelo seu potencial. Suely explica que isso é reflexo de uma questão histórica e cultural.

O que acontece é que, historicamente, as mulheres são consideradas multifuncionais, ou seja, estão sempre com diversas atividades ocupando suas mentes. O problema é que esse fato faz com que os empregadores se questionem se de fato elas serão capazes de desempenhar um bom trabalho, já que possuem tantos assuntos com que se preocupar, inclusive a família.

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De acordo com Suely, o preconceito se confirma nesse momento. Na prática, quando o empregador tem esse olhar de desconfiança, ele já está de cara limitando a oportunidade da profissional. No caso dos homens, não existe essa desconfiança, pelo menos não em relação a esse fator histórico.