Eike Batista e Silvio Santos: os dois ilustres ex-bilionários brasileiros

Tanto Eike e Silvio deixaram a lista da Forbes este ano; lista conta com 65 brasileiros

Felipe Moreno

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SÃO PAULO – É inegável que em algum momento da década passada, Eike Batista foi uma espécie de Silvio Santos “sério”, instalado no mercado de capitais ao invés do mundo da televisão. Eike, como o apresentador, se oferecia para enriquecer quem lhe ouvia através de suas empresas, das quais qualquer um poderia ser sócio. Com isso, Eike enriqueceu e se tornou o 8º homem mais rico do mundo, de acordo com a revista Forbes.

Poucos anos depois e uma grave crise à frente, Eike deixou o ranking da prestigiada revista, juntamente com o próprio Silvio Santos – famoso pela frase “Quem quer dinheiro?” e pelos títulos de capitalização que prometiam grandes fortunas aos sortudos ganhadores -, ele mesmo um ex-bilionário. O apresentador, tido como o “Oprah Winfrey brasileiro”, seguiu apresentando perdas patrimoniais severas – sua fortuna já chegou a ser de R$ 6 bilhões em 2010, mais que o dobro do atual. 

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No grupo de Silvio Santos, destaque para a crise do Banco Panamericano, vendido para o BTG Pactual e Caixa Econômica Federal – após um escândalo de maquiagem de balanço, do qual o próprio Silvio Santos disse não saber de nada. Ao se livrar da parte “podre” de seu patrimônio, Silvio estava deixando parte de sua fortuna para lá. 

O apresentador parece não se importar muito com suas empresas, apenas com o SBT, que detém a integralidade de sua atenção. Curiosamente, Eike já esteve “interessado” em comprar o SBT – no auge de sua riqueza – mas foi desaconselhado para não criar inimizades com os outros meios de comunicação. Atualmente, provavelmente Eike não conseguiria comprar uma participação relevante em uma empresa consolidada destas. 

Outras ausências
A lista também contou com outras ausências notáveis. Dirce Camargo, do grupo Camargo Côrrea, e Roberto Civita, da Editora Abril, faleceram e deixaram o ranking, que passou a contar com seus herdeiros. Com uma fortuna estimada anteriormente em US$ 3 bilhões, Nevaldo Rocha, fundador da Guararapes, também deixou o ranking – embora nenhuma explicação tenha sido dada. 

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Antonio José Carneiro, da Energisa e Rosa Evangelina Marcondes Penido Della Vecchia, fundador do grupo Serveng, também deixaram a lista de bilionários sem que a revista se pronunciasse a respeito.