Educação: MEC quer 40% dos jovens na universidade até 2010

A meta é atingir este número através da expansão da educação superior e do ProUni, que beneficia mais 100 mil por ano

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Atualmente, apenas 9% dos jovens entre 18 e 24 anos estão em alguma faculdade. A meta do governo é aumentar esse índice para 40% em 2010, afirmou o secretário-adjunto do Ministério da Educação, Ronaldo Teixeira, em um balanço feito na última segunda-feira (26).

Teixeira disse que pretende chegar a esse número por meio da expansão da educação pública superior, com a criação de 4 novas universidades e 32 campi e com o Programa Universidade Para Todos (ProUni), que coloca mais 100 mil estudantes por ano nas universidades através da concessão de bolsas de estudo.

Fundeb

Além dessas medidas, o secretário também destacou a importância da criação do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) em substituição ao atual Fundef (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério).

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A principal diferença entre eles é que o Fundeb engloba não só o ensino fundamental, mas também o infantil, o médio e as creches. Além disso, o novo fundo vai possibilitar R$ 40 bilhões a mais no orçamento vinculado à educação nos próximos dez anos. Isso fará com que mais jovens saiam da escola em condições de ingressar na universidade.

Ações concretas

O diretor de Desenvolvimento da Educação Superior do MEC, Manoel Palácios, divulgou no último dia 16 que quatro novas universidades federais já estão sendo construídas: no ABC Paulista, na Grande Dourados (MS), no Recôncavo Baiano e nos Pampas Gaúchos.

Por outro lado, cinco faculdades federais estão se transformando em universidade: Ufersa (Semi-árido); UFVJM (Vales do Jequitinhonha e Mucuri); UFTM (Triângulo Mineiro); Unifal (Alfenas) e UFTPR (Universidade Federal Tecnológica do Paraná). Mais 36 novos campi estão sendo criados ou consolidados ao longo do território nacional.

Com essa interiorização da rede federal de ensino superior, milhares de estudantes que têm que migrar de suas regiões para estudar não precisarão mais sair de suas casas para ter acesso a um ensino superior de qualidade.

O diretor destacou ainda que a maior dificuldade da educação brasileira, no entanto, não é em relação ao número de vagas, mas sim na qualidade da educação básica. “É preciso que todo o sistema se torne mais eficiente, que as pessoas entrem mais cedo na universidade e que o setor público cresça”, afirmou Palácios.