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SÃO PAULO – Queda da renda e aumento do desemprego. Essas são as expectativas do economista da PUC (Pontifícia Universidade Católica), José Márcio Camargo, para este ano. Segundo ele, a taxa de desemprego pode atingir 11% ainda em 2009.
Para o economista, esse cenário pouco animador é reflexo da crise que atinge o país. “O mundo inteiro está em recessão, é pouco provável que o Brasil consiga sair desse processo”, afirma, segundo a Agência Brasil.
“Aumento persistente” no desemprego
As expectativas pessimistas devem-se às constantes altas na taxa de desemprego que, em dezembro, estava em 7,6% e chegou a 9% em março. Segundo Camargo, esse aumento é “persistente”. “Todos os sintomas são de que estão sendo gerados poucos postos de trabalho no Brasil mesmo nesse início de ano”, aponta Camargo.
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Com isso, a perda da renda será inevitável. Para ele, há “uma tendência de queda dos salários reais na economia brasileira como forma de não aumentar ainda mais o desemprego”.
Para Camargo, os resultados positivos do Caged (Cadastro Geral de Emprego e Desemprego), de fevereiro e março, ainda não recuperaram as perdas do final do ano passado, de 654 mil postos de trabalho.
Melhor mês do ano, pior março desde 2003
De acordo com o último levantamento do Caged, do Ministério do Trabalho, a taxa de emprego formal foi positiva e apontou crescimento de 0,11% em março.
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Foram criadas 34.818 vagas no terceiro mês do ano, frente a fevereiro. Apesar de ser o melhor resultado mensal do ano, o índice foi o pior março desde 2003.