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SÃO PAULO – Obviamente a situação não é corriqueira e pode até parecer uma insanidade para quem está dando os primeiros passos no mercado de trabalho. Entretanto, de acordo com especialistas, a recusa de uma promoção não é algo de outro mundo e nem sempre implica um “suicídio” para a carreira.
“Se a pessoa deixar bem claro para o líder quais são os motivos para a recusa e que ela deseja permanecer na empresa, ela não terá nenhuma consequência grave e pode até ser lembrada para oportunidades futuras”, explica o consultor de Recursos Humanos do Grupo Soma, Antenor Toledo.
A diretora de consultoria da Ricardo Xavier Recursos Humanos, Neli Barboza, concorda e acrescenta: “a transparência pode, inclusive, indicar para o líder de que se trata de um profissional maduro e assertivo”.
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Quais os motivos para a recusa?
No geral, segundo Toledo, a recusa de uma promoção se dá por parte de profissionais maduros, com um salário razoável e que trabalham na empresa há um tempo considerável.
Dentre os principais motivos para o “não”, estão as prioridades pessoais, como ter um filho ou terminar um curso de mestrado ou doutorado; a falta de habilidade para liderar; e a falta de afinidade com o cargo oferecido, especialmente quando se trata de assumir responsabilidades em outros setores.
“Em todos os casos, mas principalmente neste último, ao recusar uma promoção, o profissional deve ter consciência de si, dos seus objetivos e deixar claro para a empresa dos impactos que tal decisão pode trazer para a companhia. Pois, não adianta nada assumir uma posição sem estar preparado e daqui um ano acabar sendo desligado por isso”, alerta Neli.
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E quando os motivos não são claros?
Ainda segundo os especialistas, em alguns casos, a recusa se dá por medo ou insegurança. Nestas situações, alertam, o profissional pode se prejudicar bastante e ser preterido para as próximas posições.
Além disso, conforme Toledo, em empresas pequenas, a recusa pode deixar o clima bastante pesado, pois a atitude do funcionário pode significar maiores gastos, visto que a empresa pode ter de buscar profissionais no mercado.
“Quando os motivos não ficam claros, o profissional pode ter problemas e dar a entender que é inseguro ou que deseja mudar de emprego. Também acontece de empresas pouco flexíveis que não admitem que um profissional não queira crescer. Se isso ocorrer, o melhor a fazer é mudar de emprego”, diz Neli.