Diploma sem experiência profissional pode atrapalhar a carreira?

Segundo consultores o mercado pede um equilíbrio e na hora de busca especialização é preciso fazera as escolhas certas

Edilaine Felix

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SÃO PAULO – A carreira deve ser conquistada com uma mistura de experiência profissional e estudo. Muitos terminam a graduação, partem para uma especialização, mestrado e não focam na experiência profissional. Somente a excelência acadêmica ou a experiência profissional não garante entrega de resultados. 

O gerente da Michael Page, Marcelo Cuellar, destaca que muitos acreditam que com um currículo acadêmico impecável vão garantir alta empregabilidade, e “isso não é verdade”, enfatiza. No Brasil a experiência é bem mais valorizada.

De acordo com coordenadora de Transição de Carreira da Right Management, Telma Guido, se fosse possível fazer um ranking, ela colocaria que é fundamental ter bastante experiência profissional e que corresponda com alguns alguns cursos relevantes. “O mercado prioriza a experiência, porém solicita a formação”.

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Equilíbrio
“Aqueles que tem uma dedicação aos estudos e fragiliza a experiência, poderá ter problemas para conseguir se posicionar no mercado, ou até ser considerado com maior destaque no mercado de trabalho”, diz a coordenadora da Right Management.

O mercado vai analisar os fatos. Um profissional que se dedica mais aos estudos pode demonstrar ao mercado de trabalho um interesse muito maior para uma carreira acadêmica. “Se o profissional tem uma dedicação ampla para um mestrado, um doutorado possivelmente tem uma tendência dessa pessoa privilegiar a carreira acadêmica”, diz Telma.

A coordenadora da Right Management destaca ainda que a opção pelo curso deve ser coerente com a carreira, por que senão fica difícil mercado entender o interesse por um curso que não tem proximidade com a carreira que está exercendo.

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Na hora de estudar
Segundo Cuellar, os profissionais que engatam uma pós-graduação seguida do término do curso superior, explicam que não podem ficar parados e precisam se atualizar. Na avaliação dele, o curso não vai atualizar aquele que não adquiriu experiência profissional para discutir com seus pares.

O gerente da Michael Page, ressalta que como tendência mundial, os MBAs estão ficando “juniorizados” e é sempre bom avaliar, pois se você não tem repertório para discutir com seus colegas não vale a pena cursar. “As pessoas estão fazendo pós e MBA por fazer, é preciso estar muito consciente do que você quer”, destaca.

Se a pessoa vai dedicar tempo, dinheiro e expectativa que faça boas escolhas para sua formação, “não faça por fazer, para agradar” ressalta Telma. O profissional deve pensar também qual é o ambiente que quer vivenciar, pois ao entrar em um curso vai pertencer a um outro grupo, com outros profissionais, possibilitando uma nova rede de contatos.