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SÃO PAULO – Cerca de 63,8 milhões de pessoas devem ser beneficiadas com o décimo-terceiro salário este ano. De acordo com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), quase R$ 64 bilhões* devem ser injetados na economia brasileira por conta da bonificação. O valor médio do benefício foi estimado em R$ 919.
Os cálculos foram divulgados pela instituição nesta quinta-feira (1), com base nos dados da Rais (Relação Anual de Informações Sociais), do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), na Pnad 2006 (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) e informações do Ministério da Previdência e Assistência Social.
Trabalhadores formais recebem maior parcela
Segundo o estudo, os trabalhadores do mercado formal receberão, em média, R$ 1.206. Em termos de proventos da Previdência, o valor médio nacional é de R$ 544 e, para os trabalhadores domésticos com carteira assinada, o montante médio estimado é de R$ 462.
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Em termos estaduais, Brasília receberá o maior valor médio (considerando todas as categorias de beneficiados): R$ 1.947. Por outro lado, o décimo-terceiro salário médio mais baixo ficará com o estado do Maranhão, R$ 554.
Empregados formais são maioria
Ainda de acordo com o levantamento, dos cerca de 63,8 milhões de brasileiros que devem receber o pagamento, 56% (35,8 milhões) são empregados formais, que devem receber 67,5% do montante calculado, ou seja, R$ 43,2 bilhões.
Aposentados e pensionistas, beneficiários da Previdência Social, respondem por 39% (25 milhões) da população com direito à bonificação, e devem receber em torno de R$ 13,6 bilhões (21,3% do total).
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Os empregados domésticos com carteira assinada representam 3% (quase 2 milhões) dos trabalhadores e, pelos cálculos, terão direito a R$ 966 milhões (1,5% do total).
Sudeste concentra grande parte dos beneficiados
De maneira geral, o total de pessoas com direito a receber o décimo-terceiro salário este ano é 5,8% maior que o número de 2006.
A maioria dos trabalhadores, aposentados, pensionistas e trabalhadores domésticos se concentram nos estados do Sudeste, que deve receber 51% dos recursos. Em seguida, aparecem a região Sul (14,99%), Nordeste (13,07%), Centro-Oeste (7,61%) e Norte (3,77%).
* Os valores foram estimados com base no INSS de setembro e, para assalariados, o rendimento foi atualizado pela variação do INPC acumulado de janeiro a setembro de 2007, em relação ao mesmo período de 2006
