SÃO PAULO – Cerca de 60,7 milhões de pessoas devem ser beneficiadas com o 13º salário em 2006. De acordo com o Dieese – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos -, quase R$ 53 bilhões* devem ser injetados na economia brasileira por conta da bonificação.
O valor médio do benefício foi estimado em R$ 872.
Os cálculos foram divulgados pela instituição nesta quinta-feira (09), com base nos dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad 2005) e informações do Ministério da Previdência e Assistência Social.
Trabalhadores formais recebem maior parcela
Segundo o estudo, os trabalhadores do mercado formal receberão, em média, R$ 1.146. Em termos de proventos da Previdência, o valor médio nacional é de R$ 516 e, para trabalhadores domésticos, o valor médio estimado é de R$ 430.
Em termos estaduais, Brasília receberá o maior valor médio (considerando todas as categorias de beneficiados): R$ 1.877,95. São Paulo aparece na segunda posição, com média de R$ 1.104,76.
O salário médio mais baixo ficou com o estado do Maranhão, com R$ 525,75.
Empregados formais são maioria
De acordo com o levantamento, dos cerca de 60,7 milhões de brasileiros que devem receber o pagamento, 57% (34,6 milhões) são empregados formais, que devem receber 74,9% do montante calculado, ou seja, R$ 39,7 bilhões.
Aposentados e pensionistas, beneficiários da Previdência Social, respondem por 40% (24,3 milhões) da população com direito à bonificação, e devem receber em torno de R$ 12,5 bilhões (23,7% do total).
Os empregados domésticos com carteira assinada representam 3% dos trabalhadores e, pelos cálculos, terão direito a R$ 777,1 milhões (1,5% do total).
Sudeste concentra grande parte dos beneficiados
O total de pessoas com direito a receber o 13o salário em 2006 é 2,7% maior que o número de 2005.
Do total, a maioria dos trabalhadores, aposentados, pensionistas e trabalhadores domésticos se concentram nos estados do Sudeste, que deve receber 56,4% dos recursos. Em seguida aparecem a região Sul, com direito a 16,6% do total de benefícios, Nordeste (14,6%), Centro-Oeste (8,4%) e Norte (4,2%).
* Os valores foram estimados com base no INSS de setembro e, para assalariados, o rendimento foi atualizado pela variação do INPC acumulado de janeiro a setembro de 2006, em relação ao mesmo período de 2005.