Dieese divulga aumento no desemprego na região do ABC em 2002

Desemprego total ficou em 19,1% e reverteu tendência de queda dos dois últimos anos, total de desempregados chega a 242 mil

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – De acordo com a pesquisa anual do emprego, desemprego e renda, divulgada pelo SEADE/DIEESE nesta terça-feira, dia 4, a taxa de desemprego na região do ABC registrou um aumento 1,4 ponto percentual durante o ano passado.

Desemprego ficou em 19,1% no ano

No final de 2002, a taxa de desemprego total na região do ABC era de 19,1% da População Economicamente Ativa (PEA), percentual que ficou acima dos 17,7% registrados em 2001. Com isto, a taxa interrompe sua tendência de queda registrada nos dois últimos anos anteriores.

No final do mês passado, o total de desempregados na região era de 242 mil, número que 11% daquele registrado no final de 2001, que foi de 218 mil. O aumento no total de desempregados (de 24 mil) foi decorrente do maior crescimento da PEA (31 mil pessoas) do que a geração de novas ocupações (sete mil). Assim como aconteceu nos dois anos anteriores, o tempo médio de procura por trabalho ficou em 50 semanas.

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Serviços gerou mais empregos

Segundo o levantamento, o aumento de 2,5% no nível de ocupação da região do ABC só foi possível devido à criação de seis mil novos postos de trabalho no setor de serviços, o que compensou a perda de mil postos de trabalhos na indústria.

No que se refere ao tipo de contratação, cerca de onze mil postos foram criados através dos autônomos, enquanto os assalariados perderam sete mil postos.

Jornada aumenta, mas rendimentos caem

De acordo com os números apresentados pela pesquisa, a jornada média semanal dos trabalhadores assalariados foi de 43 horas, o que representa um acréscimo de uma hora em relação a 2001. Com isto, a parcela de trabalhadores que trabalham acima de 44 horas semanais caiu de 43,1% para 42,5% durante o ano passado.

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Confirmando a tendência de queda já observada nos anos anteriores, o rendimento médio dos ocupados caiu 3,9% no ano e ficou em cerca de R$ 897. Por sua vez, o rendimento dos assalariados caiu 1,9%, devido a uma retração de 1,1% no setor privado e de 7,5% no setor público.

Enquanto o rendimento dos sem carteira aumentou 7,3%, o dos trabalhadores com carteira assinada caiu 3,2%. O salário médio da indústria registrou queda de 0,5%, enquanto o rendimento do setor serviços caiu 7% e o do setor comércio caiu 0,1%.