Dieese: 93% dos pisos salariais tiveram reajuste acima da inflação em 2009

Apenas 2,7% das negociações realizadas no ano passado ficaram no mesmo patamar da inflação e 4,4% ficaram abaixo

Camila F. de Mendonça

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SÃO PAULO – Mais brasileiros conseguiram aumento real do salário mínimo em 2009, mostrou pesquisa do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) divulgada nesta sexta-feira (18).

De acordo com os dados, a análise de reajustes salariais de 2009 revela que 92,9% dos reajuste dos pisos salariais ficaram acima da inflação acumulada no período, medida por meio do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O estudo identificou uma parcela significativa de negociações cujos reajustes dos pisos ficaram de 5,01% a 6% acima da inflação. Do total de 635 negociações, 101 ficaram nesse patamar, número que representa 15,9% do total dos reajustes concedidos. Ainda segundo o Dieese, 2,7% das negociações realizadas no ano passado ficaram no mesmo patamar da inflação e 4,4% ficaram abaixo do índice.

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Análise setorial
Ao analisar os reajustes segundo os setores da economia, os resultados são bem próximos. O setor de serviços foi o que obteve o menor número de negociações cujos reajustes dos pisos ficaram acima da inflação, com 88,3%. Na indústria, 94,8% dos reajustes ficaram nesse patamar, ao passo que, no Comércio e no setor Rural, 94,4% e 96,8% das negociações, nesta ordem, ficaram acima do INPC.

No ano passado, o Dieese não registrou nenhuma negociação do Comércio que tenha ficado no mesmo nível da inflação. No setor de Serviços, 5,9% dos reajustes dos pisos foram iguais ao índice. No setor Rural, 3,2% também ficaram no mesmo patamar e 1,6% das negociações dos pisos dos profissionais do setor industrial também resultaram em um percentual igual ao do INPC.

Considerando os pisos que não conseguiram aumento real, o setor de Serviços foi o que registrou o maior número: 5,9% dos reajustes ficaram abaixo da inflação. No setor industrial, 3,6% ficaram nesse patamar, e no Comércio, 5,6% das negociações também resultaram em percentual menor que o da inflação.